Caminhos de quem abandonou as cavernas Joka Faria Vale a pena escrever? Fazer vídeos? Se expressar? Sim, vale. Mas há momentos em que nos cansamos. Ontem, assisti a um vídeo sobre pessoas que se afastam da internet. Já li matérias semelhantes e, em certos momentos, cheguei a remover as redes sociais do meu celular. Bobagem. Há tempo para tudo: ler livros, acessar e criar para as redes sociais. Ao ver Elizabeth de Souza recitando um poema de Paul Constantinides, percebi novamente que sim, vale a pena. Hoje, já li notícias e agora escrevo este texto numa manhã de sábado. Desde as cavernas — se é que estivemos mesmo nelas —, criamos narrativas. Sempre nos expressamos. Ontem, depois de um encontro com amigos, assisti a vídeos no YouTube. A TV, para mim, é o YouTube. Não dá para se desligar completamente dessa conectividade. Estamos no agora. E pronto. Ler, escrever, fazer vídeos — continuar os registros iniciados nas paredes das cavernas. Conversar com uma IA confidente, mesmo que ha...
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Mostrando postagens de julho, 2025
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Canção ao silêncio Joka Faria Alma. Calma. Existência. Alma. Tudo é passageiro. Estamos na eternidade. Alma. Calma. Um silêncio dentro de nós, um mundo fora. Um dia, silêncio. A eternidade: um passo de cada vez. Alma, calma, existência. 21 de julho de 2025, segunda-feira Inspirado em andanças, na voz de Beth Carvalho.
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Em memória de Régis Bonvicino Sem palavras para a perda de Régis Bonvicino. Lamento não ter sabido antes. Foi lendo a Folha de S. Paulo que descobri a partida desse poeta, cuja presença constante no Facebook me era familiar. O que é viver? O que será partir? Não saberemos de nossas próprias partidas. Uma pessoa se vai. Régis morreu em 5 de julho de 2025, na Itália. Aos 70 anos. O que dizer diante da morte? Tema constante em minha escrita. Joka Faria 20 de julho de 2025 Em última entrevista, Régis Bonvicino relembrou Leminski e lamentou que poesia virou qualquer coisa Poeta pretendia reeditar antologia de cartas com o homenageado da Flip https://www1.folha.uol.com.br/ ilustrissima/2025/07/em- ultima-entrevista-regis- bonvicino-relembrou-leminski- e-lamentou-que-poesia-virou- qualquer-coisa.shtml
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Diante da Mantiqueira Joka Faria, Sábado, Julho de 2025 Proibido caçar bruxas. Aí, as bruxas — torturadas, caçadas e queimadas — eu, diante da Mantiqueira, neste sol de inverno. Proibido caçar bruxas. Findar a democracia. Tantos amores. Tantas dores. Quem somos, diante da Mantiqueira? É proibido deixar sonhos de lado. Esquecer da luta diária por utopias. É proibido deixar de acreditar na humanidade. É proibido deixar de amar e sonhar. Quando eu iria ler um livro de poesia... Mas disse Caetano que é proibido proibir. Mas buscar utopias. Eu, diante da Mantiqueira. Eu, diante da Mantiqueira. Eu, diante da Mantiqueira. Nós temos a Mantiqueira em nossos corações.
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Por isso me diga coisas lindas agora Joka Faria Peguei um ônibus por acaso, sem saber que tinha me enganado. Lugares trocados, pouco dinheiro na conta, os créditos acabando. Era sábado, inverno frio. Trabalhadores tentavam voltar para casa — e cadê os ônibus? Tão poucos. Só queria chegar à Praça Kennedy. Alguns temem ataques a ônibus. E quem realmente cuida do povo? Ninguém. O povo, no meio do ponto, às 23h05. Finalmente, chega um ônibus para a Praça Kennedy. Enquanto isso, na capital, ônibus apedrejados. O povo aos sábados, com poucos horários de ônibus. Sem ninguém que os ajude. Só na hora das eleições. Amém. O show de Edson Souza e sua Revolução Psicológica valeu o esforço. A atenção da equipe do Sesi, impecável. Show perfeito, redondo, com gosto de quero mais. Fiz uma entrevista — só esqueci de apertar o play . O play . Nada mais que o play . Na próxima entrevista, não esquecer de apertar o play . O play . O play . Me perdi em sua humano, e não máquina. Ele tocou Ra...
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O Feirante das Palavras A Ismael Alcacibas Jones A feira. Dia de sábado. Caminhei por toda ela, vendo o movimento, até a farmácia, para conferir o peso. Peso que, aos poucos, está indo embora. Cortei doces — às vezes, uma exceção. Não tenho ido à nutricionista. Mas a feira é pura poesia. Tento imaginar um poema de Edu Planchez narrando sua ida à feira. Eu nunca farei igual. Cada poeta é um universo. Ele descreveria, talvez, a compra de uma dúzia de pokans. Procurei uma oferta. Meus créditos estão acabando. Tenho procurado emprego. Dizem que o desemprego está em queda. Quero sentir isso no bolso. Vivo minha crise econômica — é parte da vida. Terminei Letras. Tenho uma série de provas para concursos de professor. Estudar é um desafio nesta era de redes sociais. Às vezes, desligo tudo para ler. Tenho Drummond. Álvaro de Campos. Paul Constantinides. E uma seleção de textos para os concursos. Criei um roteiro. Estudar é sempre prazeroso. Mas também me aventuro na produção para as rede...
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A ilusão de ser super Joka Faria O Super-Homem... Superman... está de volta, com sua cueca vermelha! Mas quem não vê que ele está entre nós? Nas salas de cinema. Eu, que quase nem frequento mais... saias de cinema . Fiquei abalado. Ele faz parte de nós. Delírios de Solfidone, que nos falava sobre semiótica em praça pública, aprendida no INPE, entre cientistas. Eu, que sonhava servir à Aeronáutica — por paixão ao hoje DCTA, antes CTA. E o INPE... ah, São José dos Campos. Que cidade mágica, com sua gente. Embraer. GM. Eu vi o declínio das indústrias. Não passei no Senai — seria um fracassado? Entrei num açougue. Eu, que vi o Super-Homem , em 1978, no Cine Palácio, em frente à Praça Afonso Pena, antes dos shoppings. O Super-Homem e sua cueca vermelha. Utopias de coragem. O cinema americano. Os americanos nos mandam cartas-bombas. O BRICS é resistência econômica. Salve os BRICS! Eu, aqui, no início da madrugada, ouvindo a Rodovia Dutra... Enquanto Paulo Barja cantava uma ...
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Easy Rider Joka Faria julho de 2025, domingo Somos tantos — e não somos nada. Corpos: prisões ou liberdade? O que somos, se aqui é só uma passagem? Cada passo dado nos leva a caminhos. Quantas jornadas? Vestir-se. Despir-se. Dias de inverno entre céus e infernos. dress. dress... dreess Entre tropeçar, pedalar... Easy Rider pelas estradas. Easy Rider. Ela. Ele. Em motos. Fotografias da vida entre bater de asas — Sem destinos. Sem destinos... Easy Rider. — João Carlos Faria
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Hoje, com o frio glacial, deixei a bicicleta guardada. É preciso coragem. Por Joka Faria Esta guerra ideológica — que sempre existiu, mas se tornou evidente em tempos de redes sociais — nos cansa. Mas a trincheira do descanso é o bom papo com amigos, familiares e colegas de trabalho. Tenho visto vídeos feitos por inteligência artificial — são toscos, mas funcionam como contra-propaganda. Salve-se o TikTok, com tanta gente talentosa na música. Também me jogo... e canto. Declamei uma música do Raul Seixas, poemas meus, atuais. Às vezes deixo o YouTube tocar músicas por horas. Dias desses descobri Lin da Quebrada — que está no filme mais recente com Fernanda Montenegro. Vi a série do Raul Seixas em dois dias. Vi Round 6 . E no WhatsApp — quase ninguém nos manda um poema? Um poema que reflita a vida. Ontem mandei uma reflexão do Paulo Ghiraldelli. Vejo vídeos de Franklin Maciel... Reinaldo Azevedo... Gosto da diversidade da Folha de S. Paulo . Descobri umas artes política...
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Canção à solidariedade humana Joka Faria, 5 de julho de 2025 O sol de inverno está brilhante. 16 graus. Depois de uma noite de frio glacial. Nas calçadas, moradores de rua. E a sociedade deixa passar em branco. Só o coração de Padre Júlio Lancelotti é humano. Nossos corações aceitam a miséria humana? O sol de inverno está brilhante. Vamos à feira. Quando deixaremos de ser conformistas com a injustiça do sistema capitalista? Deixe vir o novo. Novas utopias. Sonhos. Esperança. É inverno, mas nossas almas — eternas primaveras. Que a solidariedade desperte nossos corações, para abandonarmos o egoísmo. E assim Raul Seixas e Marcelo Nova nos disseram: "O meu egoísmo é tão egoísta que o auge do meu egoísmo é querer ajudar." (Panela do Diabo, 1989)
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Escândalo da Língua Joka Faria Mas poesia é escândalo da língua. Não se nomeia concreta. Marginal. É poesia: subversão da língua. A palavra faz amor com a palavra. A palavra não se define com gênero. Ela é além. É faca. Arma de embates. Garras. A palavra é livre. Quando busca dominar a gramática: palavra felina. Alma binária. O poema é a poesia. O poema é a descontração. A subversão da língua. Implosão dos limites. Bomba de revoluções. João Carlos Faria 4 de julho de 2025, sexta-feira Dedicado ao poeta José Moraes Barbosa