Hoje, com o frio glacial, deixei a bicicleta guardada. É preciso coragem.
Por Joka Faria
Esta guerra ideológica — que sempre existiu, mas se tornou evidente em tempos de redes sociais — nos cansa.
Mas a trincheira do descanso é o bom papo com amigos, familiares e colegas de trabalho.
Tenho visto vídeos feitos por inteligência artificial — são toscos, mas funcionam como contra-propaganda.
Salve-se o TikTok, com tanta gente talentosa na música.
Também me jogo... e canto.
Declamei uma música do Raul Seixas, poemas meus, atuais.
Às vezes deixo o YouTube tocar músicas por horas.
Dias desses descobri Lin da Quebrada — que está no filme mais recente com Fernanda Montenegro.
Vi a série do Raul Seixas em dois dias.
Vi Round 6.
E no WhatsApp — quase ninguém nos manda um poema?
Um poema que reflita a vida.
Ontem mandei uma reflexão do Paulo Ghiraldelli.
Vejo vídeos de Franklin Maciel... Reinaldo Azevedo...
Gosto da diversidade da Folha de S. Paulo.
Descobri umas artes políticas que me renderam boa visualização no TikTok.
Mas continuamos tão perto... e tão longe das pessoas?
Nem o calor de uma fogueira de inverno...
quando morávamos nas cavernas.
Vou ler as postagens do Entrementes.
Tenho um outro eu poético.
Um heterônimo.
É maravilhoso escrever sem o peso do meu nome.
É onde me confesso, me jogo.
A vida é tão curta.
Cazuza, com seus segredos de liquidificador...
Lin da Quebrada agora toca Alcione.
E a vida segue.
Amanhã é segunda-feira.
Estudar.
Desligar os celulares.
Ou deixá-los bem longe.
Terminei Letras — só faltam algumas correções no relatório de estágio.
Não vejo a hora de cursar Filosofia.
E esse meu livro, que nunca finalizei para publicar...
Mas quem vai querer me ler?
João Carlos Faria
Seis de julho de 2025, domingo. Vinte horas e sete minutos.
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