A ilusão de ser super
Joka Faria
O Super-Homem... Superman... está de volta, com sua cueca vermelha!
Mas quem não vê que ele está entre nós?
Nas salas de cinema.
Eu, que quase nem frequento mais... saias de cinema. Fiquei abalado.
Ele faz parte de nós. Delírios de Solfidone, que nos falava sobre semiótica em praça pública, aprendida no INPE, entre cientistas.
Eu, que sonhava servir à Aeronáutica — por paixão ao hoje DCTA, antes CTA. E o INPE... ah, São José dos Campos.
Que cidade mágica, com sua gente. Embraer. GM. Eu vi o declínio das indústrias. Não passei no Senai — seria um fracassado? Entrei num açougue.
Eu, que vi o Super-Homem, em 1978, no Cine Palácio, em frente à Praça Afonso Pena, antes dos shoppings. O Super-Homem e sua cueca vermelha. Utopias de coragem. O cinema americano.
Os americanos nos mandam cartas-bombas. O BRICS é resistência econômica. Salve os BRICS!
Eu, aqui, no início da madrugada, ouvindo a Rodovia Dutra...
Enquanto Paulo Barja cantava uma música francesa.
Será que um dia serei um super-homem?
E você, o que sonha?
Viver — a cada filme no cinema. Já saí por aí soltando teias de aranha.
Será que saberemos voar?
Eu... um super-homem cercado de ilusão.
Vamos voar?
Eu, que já performei de saia em São Francisco Xavier.
No Cine Santana. Em Paraty.
Ouso quebrar barreiras e saltar no abismo.
11 de julho de 2025
João Carlos Faria
Comentários
Postar um comentário