Confissões de um Ser Humano Por Joka Faria Levei anos para me aceitar como bissexual e com gênero fluido, e vivo em eterno conflito comigo mesmo. Já tive experiências com homens, mas gosto mais de sexo com mulheres. Gosto de misturar roupas masculinas e femininas e já usei saias e vestidos, e pretendo me desafiar a voltar a usar. Há desafios para não prejudicar a minha vida profissional, pois é um confronto com a sociedade. Nem todos somos Ney Matogrosso, Caetano Veloso ou Mick Jagger. Não vivo da minha arte, mas quem sabe? Vivemos numa sociedade muitas vezes extremamente reacionária. Tenho me aberto sobre isso em alguns textos no meu blog, mas sinto que encontro poucas pessoas com quem conversar sobre o assunto. Tenho vontade de fazer uma experiência drag, mas não sou da noite e nem frequento bares e boates. A performance drag é algo que almejo desde a década de 90. Quem sabe agora, que ouso cantar, possa viabilizar essas questões? Faria essa performance em São Paulo para me sentir
Postagens
Mostrando postagens de agosto, 2024
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Jacek Ricardo Sielawa é um pensador, poeta e filósofo. Provavelmente engenheiro do ITA, suas inquietações no Facebook ampliam a reflexão. Ele vem desde a década de 80, mas sua escrita vem causando impacto no Facebook há vários anos. Joka Faria Jacek Ricardo Sielawa . No supremo tribunal universal de Deus No supremo tribunal universal de Deus, temos direito a três advogados: o amor, obviamente; o representante do bem (ou mal) que praticamos em vida; e o representante filosófico, que mede com sua calibrada “régua mágica” nossa capacidade de (nos) perdoar, caso tenhamos cometido injustiças ou atos desprovidos de altivez ou de sacrifício metafísico (ou não) pelo “bem” da humanidade. De zero a cem, há infinitas graduações de “castigo eterno,” que vão de Buda, Platão ou Jesus — sei lá —, passando por nós mesmos, até alcançar o apogeu naquele bigodinho infame que matou quem ousasse cruzar seu caminho: o "queridinho" Hitler. Ele, que de acordo com a ocasião, muda de nome ou máscara,
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Numa época em que a extrema direita volta a exercer seu papel de crueldade desumana, precisamos redescobrir a solidariedade. Por Joka Faria Noite de chuva na aldeia silenciosa. Um show cancelado em algum lugar de São Paulo. Tudo é movimento. E as cidades, em silêncio. Afinal, quem somos? Um texto anárquico de Jacek Ricardo Sielawa, poeta e filósofo que está no Facebook, em dias de confrontos com os anárquicos capitalistas. Como avançar nas questões humanas e sociais? O identitarismo está aí, assim como o feminismo. Mas será que só se constrói uma sociedade realmente democrática com eleições? As redes sociais estão presentes: WhatsApp e outros semelhantes. E as praças, vazias de poetas e filósofos. Pós-pandemia, e as pessoas ainda se restringem. Ontem, numa feira, a efervescência era grande com as eleições municipais. Numa época em que a extrema direita volta a exercer seu papel de crueldade desumana, precisamos redescobrir a solidariedade. É necessário buscar novos caminhos para inst
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Sombrio Amor Ela, abraçada por um anjo... sim, um anjo. Mas que anjo! Um anjo... Seu corpo de mármore, Seu desejo em fogo... Consumidos nos mais abissais segredos do universo. Seios bem desenhados, E a caveira a lhe acariciar, Jurando amor eterno Numa canção Vinda de um abismo sombrio, Onde almas se escondem, Em um lado oculto da lua. Joka Faria 14 de agosto de 2024 https://x.com/TheMouseCrypto/status/1823402551695544442/photo/1
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Descaso com o Jardim Nova Esperança: O Banhado Joka Faria Estou acompanhando a questão da falta de água na comunidade Jardim Nova Esperança, conhecida como O Banhado. Este lugar é retratado em seus poemas pelo poeta José Maurício e pelo músico Kardec Gonzaga, ambos artistas de São José dos Campos. O poder político e econômico está intencionalmente tentando remover aquela comunidade com ações que visam seu deslocamento. A mais recente dessas ações é a questão da falta de água. No entanto, a luta na comunidade é bem organizada e conta com inúmeros apoios na cidade e fora dela. Esperamos que essa questão seja debatida nas próximas eleições. As comunidades periféricas da cidade buscam regularização fundiária e seu direito à moradia. Como muitos dizem, "não só de eleições vive a democracia". Força, Banhado! Isso é um verdadeiro apartheid social. Diversas intervenções do poder público, agora articuladas com o governo estadual, ocorrem sem a mínima consideração pelo fato de que é
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Uma Desventura em Sampa Por Joka Faria Madrugada em São Paulo, ela passeava pela cidade depois de uma apresentação. Mas não era ela; era ele, numa experimentação Drag Queen masculina, uma interação ousada neste universo. Uma pessoa over, que deixa o feminino presente sem perder a masculinidade. Seu show havia acabado, e eles fizeram um cortejo pela madrugada paulistana. Ao chegarem ao Teatro Municipal, lá estava Guimarães Rosa. Jorge Mautner tocava seu violino nas escadarias do teatro, tentando entender. Enquanto Guimarães pensava em seu conto sobre dias e dias sem internet, ela cantava “Imagine”. Gerald Thomas a acompanhava em silêncio. A noite estava se findando, e ela entraria em seu pequeno quarto de hotel solitário para se desfazer do personagem e voltar à vida pacata numa cidade do interior, onde a poluição do ar queimava suas narinas e um cheiro podre de conservadorismo pairava no ar e nas atitudes. Harley e Edu Gair estavam em outro quarto, enquanto Edu Planchêz e Catarina Cr
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Uma Drag do Interior Por Joka Faria A drag queen estava perdida em São Paulo, às 1h02 da manhã, numa madrugada fria. De repente, ela encontrou uma porta que se abria e entrou. No bar, estranhos personagens a cercavam: um bandeirante, um homem gafanhoto... e Rubem Fonseca, que estava lá e lhe mostrou um conto sobre dias em que a internet ficaria desativada. Em outra mesa, Raul Seixas estava se preparando para tocar. Ele a convidou, e juntos cantaram "Tente Outra Vez". A madrugada passou, e a drag se despediu do personagem, voltando para sua pacata cidade. Lá, ela retomou sua rotina, cortando carne em um açougue e dando aulas à noite, com a esperança de retornar ao bar em um fim de semana. João Carlos Faria 11 de agosto, madrugada, 2024, inverno
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Madrugada Diante de um Elefante Por Joka Faria Abri a porta numa madrugada bem fria e me deparei com um homem estranho na noite, que parecia um bandeirante. Não sabia o que fazer, então corri e escorreguei dentro do espelho. De repente, estava no Rio de Janeiro, em um lugar estranho, com escravos ao meu redor. Andei pela cidade e, em um café, encontrei Machado de Assis. Cumprimentei-o e contei minha história. Em seguida, segui para uma praia deserta que me lembrava da Pedra do Baú. E, de repente, estava de volta ao meu quarto, como se nada tivesse acontecido. João Carlos Faria Inverno, 11 de agosto de 2023, 0h50, 9 graus
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Uma Inquietação Filosófica e Prática Como os gênios Machado de Assis, Guimarães Rosa e Rubem Fonseca escreveriam um conto sobre a queda da Internet? Quem sobreviveria sem a Internet? Aceita o desafio de escrever sobre isso? Como criar uma narrativa inspirada na literatura desses mestres e outros nomes? Joka Faria 9 de agosto de 2024
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Uma reflexão sobre a produção literária nas classes populares Por Joka Faria Fiquei alguns dias sem escrever. Eu estava em uma fase de muitos poemas e textos sendo redigidos. E nem escrevi neste domingo. Acabei de ler Sobrevivendo no Inferno , dos Racionais MC’s, e fiz um vídeo sobre a leitura do livro. São as canções desses rappers que me inspiraram. Mas o que me traz aqui é uma conversa em dois grupos: o “Só Poemas” e outro de amigos, sobre as dificuldades econômicas de se produzir livros. Sim, é um produto caro, mesmo custando entre três a quatro mil reais. Não me sinto à vontade para usar leis públicas, pois acredito que devemos manter nossa independência e criatividade. Teve um livro de um colega que sofreu sanções políticas. É um desafio de fundo econômico e social viabilizar livros de novos autores. Eu utilizo o Entrementes, um blog e redes sociais para divulgar minha produção literária, além de um canal de vídeo. Como se expressar em um país onde sobreviver e ter trabalho é
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Sonhario: decifra ou será devorado? Por Joka Faria Esses dias, descobri numa postagem no Facebook sobre cadernos de Sonharios e a gnose, que incentivava a fazer esses registos. Também na Consciência Cósmica. Freud também deveria ter incentivado. Vamos a dois sonhos aqui retratados nesta última noite. Um amigo estava preso por questões políticas na cidade de Caçapava. Acordei e lhe passei a mensagem. Bem estranho, num Brasil democrático, alguém ser preso por questões políticas. Ele é uma figura controversa. Gera suas polêmicas. Mas daí a ser preso? Em um outro sonho, com outro amigo, eu experimentava maconha, que nunca cheguei a usar. E era bem eu em meus raciocínios. Não experimentaria mais. Como decifrar esses enigmas tão reais? Quem somos além de nossas crenças, culturas, formação familiar? Personagens. Marcelo Marins nos fala de Eus Menores, Maiores e Superior. Mas nós deciframos ou seremos devorados, como diante da esfinge? O que nos diriam os sábios gregos? Ou xamãs de antigos p
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Amigos: um grupo ou uma atitude de inconformismo com a finitude Por Joka Faria A um grupo de AMIGOS! Respondendo aos amigos deste tão querido grupo que vem nos inspirando a criar. Gente da década de 90, das mais criativas que conheci. Juntos, criamos vários coletivos: a Comissão de Literatura, o Grupo da Praça Afonso Pena, e realizamos ações políticas das mais ousadas. Performances. Invasão de bienais... manifestos... Felizmente, todos estamos bem vivos. Lançamos livros, CDs de poesia e música. Celebração ao Renascimento da Poesia: um sarau em praças, bairros e bares. Continuem com esta criatividade. Que venham novas propostas e descubramos maneiras de encontros reais, pois todos são instigantes e criativos. A vida é rápida; daqui a uns 50 anos seremos pó. Enquanto isso, vamos nos divertir, pois de chata já basta a rotina. Aqui conseguimos sonhar, nesta Zona Autônoma Temporária de um pensador chamado Hunk Bay. Grupos de pessoas engajadas nas artes e movimentos sociais ajudam a nossa
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Origem de Meu Nome Pesquisa usando o site GPT sobre meu nome João Carlos Faria e meu nome de artista, o escritor Joka Faria. Comecei usando Joca Faria e depois passei a usar o "K," resultando em Joka Faria. O "Ka" em Joka é uma referência ao "caos" de Nietzsche e Jorge Mautner. É interessante notar que "Carlos" tem origem em "Karl," e justamente por isso cheguei ao "Ka" em Joka. Pesquisa - 2 de Agosto de 2024 João Carlos Faria é um nome composto comum em países de língua portuguesa, especialmente em Portugal e no Brasil. João : Nome de origem hebraica, derivado de "Yochanan," que significa "Deus é gracioso." É amplamente difundido na cultura cristã, associado a vários santos e figuras bíblicas, incluindo João Batista e o apóstolo João. Carlos : Nome de origem germânica, derivado de "Karl," que significa "homem livre" ou "homem do povo." É um nome popular em várias culturas e
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
https://x.com/vintagestuff4 Todos os corpos nos são permitidos Por Joka Faria A bela moça lê um livro. Qual livro seria? Como gostaria de escrever um livro para ser lido por mulheres nuas. A nudez e a liberdade... A nudez somos nós em nossos corpos como realmente somos... Roupas e atitude, arte... moda... E vai além de gêneros e velhos costumes. Somos humanos, sendo homens e mulheres em qualquer orientação... Somos livres em nossas vivências entre corpos e desejos... Todos os corpos nos são permitidos. Poderia ser a imagem de um belo homem... Somos o que somos, nossos desejos se encontram em nossos sonhos... Linda mulher, mas também poderia ser um lindo homem. Eu apenas quero amar outras almas tão velhas quanto a minha. João Carlos Faria 2 de agosto de 2024
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Mia Couto, Contos do Nascer da Terra Por Joka Faria Acabei de ler este livro e fiz um vídeo sobre ele. Eu iria escrever primeiro, mas não resisti. Mia Couto nos traz um universo mágico neste livro. Não são contos comuns, são lendas retratadas em um universo mágico. Quando lemos um livro como este, nossa imaginação avança por universos inimagináveis. Para quem ama ler, também recomendo as antologias de contos da Fundação Cultural Cassiano Ricardo. As antologias que levaram o nome de Alberto Renart são um exemplo de como faz falta a criação de editoras públicas, como as da Fundação. Leia Mia Couto e procure seus livros. Ele é um mago das palavras. A África, retratada ali, é um continente de histórias e lendas. Meu universo de escritor se amplia ao passar por um escritor como este. Sinto muita falta de fazer oficinas de escrita, assim como as de teatro. Minha arte é fruto dessas experiências. Assim como os encontros de filósofos nas praças públicas, temos versões em forma de grupos de W
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Inspirado na leitura do poema "Mais Marginal Impossível" de Quênia Lalita Joka Faria Ai, como eu queria ter nascido mulher. Seria livre, mesmo com as chatices das imposições sociais. Sei das dolorosas cólicas e do desafio da maternidade. Mas as mulheres são livres, sim, livres, com todos os pesos da carcomida sociedade patriarcal nas mais diversas culturas. Elas são frágeis em seus belos corpos... Liberdade é estranho... Mas em relação à imposição de hábitos e costumes aos homens, que seres habilmente construídos por um arcanjo é a mulher! Viva as mulheres em seu existir e resistir através da história humana. Ai, como eu queria ter nascido mulher. Tenho certeza de que minha alma é feminina. João Carlos Faria Um de agosto de 2024, Inverno mais marginal impossível sou filha de Paulo Leminski e Ana Cristina César: mais marginal impossível, com uma pitada cotidiana do vovô Drummond – um tanto quanto reclusa, como a bisa Emily Dickinson. sou fruto do amor entre Raul Seixas e Pat