Amigos: um grupo ou uma atitude de inconformismo com a finitude

Por Joka Faria

A um grupo de AMIGOS!

Respondendo aos amigos deste tão querido grupo que vem nos inspirando a criar. Gente da década de 90, das mais criativas que conheci. Juntos, criamos vários coletivos: a Comissão de Literatura, o Grupo da Praça Afonso Pena, e realizamos ações políticas das mais ousadas. Performances. Invasão de bienais... manifestos...

Felizmente, todos estamos bem vivos. Lançamos livros, CDs de poesia e música. Celebração ao Renascimento da Poesia: um sarau em praças, bairros e bares. Continuem com esta criatividade. Que venham novas propostas e descubramos maneiras de encontros reais, pois todos são instigantes e criativos.

A vida é rápida; daqui a uns 50 anos seremos pó. Enquanto isso, vamos nos divertir, pois de chata já basta a rotina. Aqui conseguimos sonhar, nesta Zona Autônoma Temporária de um pensador chamado Hunk Bay.

Grupos de pessoas engajadas nas artes e movimentos sociais ajudam a nossa reflexão. Não sei se mudamos os acontecimentos históricos, mas buscamos viver. E segundo Guimarães Rosa, viver é perigoso. Um dia deixaremos este pequeno universo e nem lembranças seremos enquanto fazemos nossas revoluções. Criar e criar até a última respiração. Enquanto tivermos lucidez... Só nos cabe saltar o abismo? Ou já estamos dentro dele?

João Carlos Faria
3 de agosto de 2024

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