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Mostrando postagens de agosto, 2025
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Não jogo ao mar meus escritos em latinhas de Coca-Cola Joka Faria Eu, que aqui estou, revendo meus fracassos. Pois nunca vemos nossos acertos, sempre nossos fracassos. E no TikTok percebo como plagiamos Fernando Pessoa. Depois dele, não reinventamos a literatura. Tudo me soa Fernando Pessoa. Hoje, que estou pensativo, tudo me soa Pessoa. Poderia ser Drummond... mas não somos Andrades... nem Mário, nem Oswald... Toda poesia contemporânea é Pessoa. Ah, mas que impessoal! Não tenho como rasgar meus escritos... Felizmente, muitos se perderam num blog por causa de uma imagem de vulva, e o Google, sem dar explicação, cortou minha conta. Mas agora novamente escrevo. E muitos se perderam no  Entrementes . Sei que nunca serei memória... Dentro de anos não estarei mais aqui, nesta dimensão, para ver como fui fracasso. Não pularei num rio com pedras em meu corpo. Curtirei o erro humano que sou até o fim... Mas que fim é esse que nunca chega? A morte que nunca vem, esta minha inimiga que não m...
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  O silêncio no ocaso Joka Faria O silêncio. Este silêncio desde sempre. Quase sempre. Antes éramos conectados. Mas agora aqui estamos, quase como bárbaros. A civilização que conhecemos não existe mais. Há uma luta para conseguir sinais de rádio. A internet às vezes sim, às vezes não. As IAs quase desapareceram. As cidades foram abandonadas. Não é mais como no século XXI. A humanidade quase desapareceu. As cidades se esvaziaram. Plantamos e colhemos. Homens e mulheres já não se distinguem em visuais. Que preço pagamos por deixar a extrema-direita se fortalecer. Hoje vivemos em pequenas vilas agroecológicas. O dinheiro desapareceu após o colapso. Tudo é troca. Não existem mais Estados-nações. As grandes empresas se esforçaram para sucumbir às democracias e, uma a uma, caíram. Nasceu uma pequena resistência democrática. Inúmeras guerras, fome, medo. Foram tomados inúmeros condomínios antigos. Os países desapareceram. As religiões sucumbiram após se tornarem fundamentalistas. Restar...
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  Canção à possibilidade do livre-arbítrio: Deus se esconde entre as pernas Aí, as vulvas… Que nos encantam. Vulvas que nos libertam. Será que realmente existe livre-arbítrio? Nunca sabemos quem somos? O que determina nascermos homens ou mulheres? Mas a vulva é existência. É liberdade? Somos realmente livres se nascemos e morremos? A existência é só perguntas? E Deus — escombros da existência? O que é existência? E a ciência? Dois e dois são quatro. Quatro menos dois… são dois? Existir é realmente ser livre? Joka Faria Agosto de 2025 --- Inspirado em Determinado: Uma Ciência da Vida Sem Livre-Arbítrio (Robert Sapolsky), que questiona se nossas escolhas são realmente livres ou apenas fruto de influências biológicas e ambientais.
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  América: paz ou guerra? por Joka Faria Domingo. Silencioso domingo. Enquanto Gaza agoniza de fome, o que devemos fazer? Apenas assistir? Por que não vigílias diante das embaixadas? Nosso grito pode ecoar ali, enquanto nas ruas de São Paulo o padre Júlio Lancelotti ajuda a população em situação de rua. Como aceitar essas situações de conflito e, ainda assim, dormirmos em paz? Quantas famílias vivem com medo das milícias no Rio de Janeiro? O crime nunca foi desorganizado. Resistir. Resistir a esses ataques ao Supremo. Os americanos chegaram? Sempre estiveram aqui, nesta América Latina. É hora de libertar esses grilhões. Somos a América — um só continente. Fronteiras são marcas culturais de povos, criações humanas. Mas aí estão passaportes, dinheiro, barreiras linguísticas… O que Henry David Thoreau diria destes dias tão efervescentes? O mundo é um caos. Preservação ecológica? Mas “o petróleo é nosso”, dizia Monteiro Lobato. Energias limpas? Sim, mas lagoas são aterradas para erguer...
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  Fogo que arde sem doer Eu acordo em estado de ereção — o pênis em força, querendo amores, sentir odores, na crueza dos corpos. Amores. Corpos. Desejos. Eu, em silêncio, em minha solicitude, aguardando o amor, o desejo, a flor e o espinho, um corpo, uma alma... Aí, calma. Quem somos, neste caminho para o fim? Sem amor, há... sem amor. "Eu nada seria." Joka Faria 8 de agosto de 2025 – 8h da manhã (Camões, Paulo aos Coríntios 13, Renato)
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 Kika, eu trocaria São Paulo por Pernambuco? Trocaria São José por um trabalho em Caraguá. Vender sorvete na praia daria mais. Mas sou grato pelo incentivo. Já passei da fase de achar que ficaria rico. Só quero um trabalho, e pronto! Escrever e fazer meus vídeos, bem longe de leis de incentivo e de puxar saco de quem acha que está no poder. O destino de todos nós é a morte — e que seja em breve. Joka Faria
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  E quem somos Um dia, era só Pangeia. E tudo se dividiu: África, América. Entre elas, um oceano que ganhou o nome de Atlântico. Povos originários. Povos escravizados por europeus. Tamoios. E tantos outros. Hoje, América, África. E um oceano. Era um contínuo. América, África. Povos oprimidos. Que se juntem. Brincs. Joka Faria 5 de agosto, terça-feira, 2025. Num diálogo com Abda Almirez.
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  Navegar no oceano do universo  Imagine o mar bravio. Fora daqui —  um imenso mar.  Talvez por isso, a paixão pelo mar.  E então, retornar... Se a memória foi perdida —  home, home, home.   As Plêiades. Infinitas. Tão distantes.  E nós, aqui, sem memória.  Esta caravela. Este barco. E nós, mergulhados... sem memória.  Há o universo. Oceano, oceano...   Home, home. Ao acaso, temos o direito de voltar?  Casa. Home. Casa. Home.   Joka Faria 1º de agosto de 2025  Inspirado em um quadro de Davi Fernandes de Faria
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  Um lugar imaginado Joka Faria 2 de agosto de 2025. Sábado. Imagine um lugar sem calor, sem frio. Onde o amor seja a verdadeira palavra. Imagine este lugar sem cansaço, sem abrigo — um jardim de delícias. Quais as possibilidades desse lugar? Só imagine. Só imagine. Pois, em algum canto do universo, ele pode existir. Ah, existir… sem palavras. Um lugar sem cansaço, sem frio, onde tudo é abundante, e o amor se faz presente.