Como ter esperança dentro do abismo Joka Faria Como viver nestes dias angustiantes... Guerras. Conflitos de todos os jeitos. Estamos ficando sem ar. Guerras... guerras... Paz... onde? Como? Na esquina, alguém... Nas ruas, em dias frios. Quando, enfim, voltaremos a ser humanos? A solidariedade está amarrada. Amordaçada. Trancada dentro da caixa de Pandora. Qual utopia construir nestes dias... Dentro do abismo? Solidariedade. Amor... Andam sem ressoar nos corações de pedra. Como quebrar as algemas desta ilusão? Pensar. Agir. Pois... quem sabe... Ainda somos humanos. --- João Carlos Faria 17 de junho de 2025
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Contos dos ossos que fui Por Joka Faria Hoje, sou só ossos. Nada mais que ossos. Um dia, andei por este mundo. Hoje, sou resto humano. Deveria ter sido cremado... mas não fui. Sou vestígio. Sombra. Fragmento de alguém que pisou estas terras. Onde ele está, não faço ideia. Talvez tenha se perdido com seu barco. Diz a lenda que seu espírito foi para um tal de mundo astral... E me deixou aqui, condenado a virar pó. Hoje, só sou. Sem memória. Da parte que se desprendeu de mim... Ossos. Nada mais que ossos. João Carlos Faria – 13 de junho de 2025 Inspirado enquanto assistia Entrelinhas, da TV Cultura, no YouTube.
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Liberdade é conquista Por Joka Faria Madrugadas frias. Às vezes, saímos por ela. E na Amazônia, encontramos Allen Ginsberg... Walt Whitman desvendando a Amazônia. Eu os vejo e os saúdo. Ao lado de Beth Brait, Edu Planchez... E sentamos na madrugada a tomar açaí e a contemplar o século XXI. O que dizer nestes dias impacientes? A história rolando. E os rios e matas da Amazônia a se desvendar... Estes trópicos. Cheios de frutos. Plantas. Mais vale árvores em pé do que pastos. A mata é biodiversidade. É vida. Ginsberg e Whitman cruzaram a América sem fronteiras. E hoje ecoa o grito de liberdade em Los Angeles. Entre açaí, eles dialogam. Paulo Freire aparece. "Liberdade se conquista com luta..." A América é inglês, espanhol, português — numa mesclagem. Democracia é luta diária. Cabe à consciência de classe. E seguem a desvendar a Amazônia. João Carlos Faria 12 de junho de 2025.
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Gaza está presente Gaza se faz presente em todos os lugares onde se luta contra a repressão dos Estados. Em Los Angeles, na defesa dos imigrantes, Gaza está presente. Gaza. Nas favelas cariocas, onde a polícia invade, prende e mata, as balas sempre em direção a corpos negros. Gaza. Em Gaza. Gaza. Violência de Estados que deveriam cuidar. Gaza. Freedom. Gaza Livre. Dias tão estranhos, em que se vota em líderes autoritários. Gaza Livre. Gaza. Resistir é a única ação possível. Gaza Freedom. Gaza Livre! 8 de junho de 2025 Joka Faria --- Gaza Freedom em todos os lugares!
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Elos de Chico por Joka Faria 06 de junho de 2025, outono Há São Francisco Xavier. Só uma travessia pela Serra da Mantiqueira... Sessenta quilômetros. Mas pelo bairro do Guirra. Uma jornada de um dia quase inteiro. Córregos. Cachoeiras. Às vezes, um almoço no bairro de Lavras. Pegue o ônibus 105 na Rodoviária Velha. Desça no ponto final. Tem uma venda antiga. Caminhada, às vezes só. Às vezes com amigos. Banho de rio. Com jeitinho, um almoço na venda de Lavras. Lá tem uma pracinha. Imagine a noite. Subidas e descidas. Já peguei chuvas na estrada. Comi poeira. Mas se chega quase vivo. Pega-se o ônibus. Muitas vezes se lancha na padaria da esquina. Mais um canto da Mantiqueira que conheço, cada passo do chão. Tantas paisagens decoradas na memória. Tantas desventuras. Aventuras. Há São Francisco, com tantos caminhos.
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5 de junho de 2025, quinta-feira Joka Faria Dedicado a Davi Fernandes de Faria Existe? Ou existir? Até quando? O que realmente nos faz humanos? Ou já desaprendemos? As guerras estão aí. A fome de muitos. Outros, sem casa. E nos devoramos — lobos de nós mesmos. Palestina e o triste silêncio da civilização. Tudo em silêncio. Ao longe... O som de uma rodovia. Caminhos sem destino. Easy Rider. Nós, sem destinos. Comer. Amar. Comer. Dormir. E a desesperança de cada dia? Nada é real. Se iremos desaparecer. Easy Rider EASY RIDER SEM DESTINO Responder Encaminhar Adicionar reação
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Então não saltarei de viadutos Por Joka Faria Para Edu Planchêz A morte, que tanto causa estranheza... mas está aí, diariamente. E por que o medo diante de algo tão natural? Um ciclo de passagem. Quando nascemos, o tempo nos dá a mão e nos leva a ela — a morte. Então, respirar é uma dádiva. Chegar aos cinquenta, como me disse Léo Mandi, é ter meio século de vivências. O corpo treme quando passo por viadutos, em caminhadas reflexivas. A morte não me levará assim tão fácil... Mesmo com os inúmeros dissabores — existir... o que é existir? Ser humano é uma dádiva. Hoje vi um cachorro sonhando. Fracassar ou vencer... mas iremos morrer. Acabei de ler Hamlet , de Shakespeare. Vou ler cenas de peças nas redes sociais. Dobrar a aposta, como sempre fala Franklin Maciel. Descobrir as brechas, né, Beth Brait? A vida é tão desigual. O silêncio diante de Gaza... Será que realmente somos tão ocidentais assim? Cadê a cultura dos povos originais? O tupi, o tupi de cada dia? Redes sociais — mas o l...
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Canção ao vento da tarde de outono Dedicado a Kika Campos Me silêncio. Dias frios. À tarde, um vento entra pela casa, mesmo com o sol. Acidentalmente descobri Úrsula Carol Alvorado. Há o Peru, tão longe de nossas realidades. Dias e dias de outono. Nunca vi a neve, nem sei se verei. Somos tão latinos, e de costas para a América Espanhola. Por que ainda a língua portuguesa, se é uma língua brasileira? Imagine, há séculos, falar tupi. A poesia de Úrsula foi um acidente. Mas não existe acidente. A poesia é nossa alma. Para mim, eu viveria num lugar sempre frio: Monte Verde, Campos do Jordão, Maria da Fê. Eu aqui, um acidente. A vida que escorre. Em alguns anos, a ausência de tempo. Quando seremos livres? A poesia acontece quase sem querer. E a morte sempre nos aguarda numa esquina qualquer. Por acaso existe poesia para a morte? Joka Faria 2 de junho de 2025 ---
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Edson Souza e sua obra Coisas Lindas AGORA! Por Joka Faria Nesta última sexta-feira de maio… Um mês de outono… Que outono muito bom… Tenho vontade de achar uma cidade com este clima o ano inteiro. Fiz uma pesquisa e apareceu Maria da Fé, MG. Fui a Jacareí fazer uma entrevista com Edson Souza, autor do disco Coisas Lindas , com parcerias de Elizabeth Souza, editora deste portal. Um disco tão gracioso de se ouvir, gravado durante a pandemia, que merece gerar outros trabalhos. Fiz uma prazerosa entrevista usando um celular com Edson, que está sendo postada nas redes sociais. Edson está aí desde a década de 80 com sua arte. Fui uma das pessoas inspiradas por seu trabalho. Nós amamos Raul Seixas, e Edson, além de belas composições autorais, tem uma leveza em tocar Raul. Quando cheguei no shopping, parecia um labirinto… O fio de Ariadne era uma música do disco Coisas Lindas . Fui focado para encarar o desafio de uma entrevista. Chegamos, conversamos, e encontrei poeta...