Olho-te nua no espelho.
Reflexos do que nunca seremos?
Um dia, pó. Inexistência.
A vida vai levando. Sem ambições.
Só não solte da ponte.
Nem corte a pele com navalha.
Quem sabe isso aqui, mero sonho.
Olhe-te nua no espelho.
O que realmente nos leva a dormir e levantar?
Deuses são meros mitos.
O capitalismo absorveu nossos sonhos.
Nossos suores.
Nossas vidas.
Regrada à ilusão.
Olhe-te nua no espelho.
Desesperança. GAZA.
Em todas as partes.
Olhe-te nua no espelho.
A esperança algemada.
E jogada no fundo do rio.
Olho-te nua no espelho.
Quando saberemos a hora de lutar?
— Joka Faria
Inverno, 23 de junho de 2025.
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