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Mostrando postagens de junho, 2024
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  Reflexões a partir de Chico Buarque Por Joka Faria O disco  Paratodos  de Chico Buarque me conquistou desde a primeira audição, em 1993. Na época, era uma novidade. Devo tê-lo comprado nas Lojas Americanas, um símbolo da cultura de mercado brasileira, que atualmente vive uma crise. Queiramos ou não, a cultura de mercado faz parte de nossas vidas. Vivemos numa sociedade de mercado onde, em vez de valorizarmos nossa cidadania, referenciamos nosso poder de consumo. Infelizmente, somos o que compramos. Este disco é um clássico, assim como  A Panela do Diabo  de Raul Seixas e Marcelo Nova. Nada supera o conceito de um disco ou de um livro. Estou solitariamente quebrando a cabeça para preparar o conceito do meu segundo livro, terceiro, e assim por diante. Já mereço ter vários livros. Não temos um grupo de escritores que debata essas questões, e as editoras são extremamente comerciais, refiro-me àquelas que pagamos para editar. Há uma bela festa de literatura acontecendo em São Paulo, perto
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 "Escuta, silêncio! De uma frase de Diogo Gomes diante de uma imagem de Buda. Como escutar o silêncio? Nestes dias cercados de barulhos e sons... Como se olhar com olhos diferentes? Diante do espelho, ir além de Narciso? Sei que somos uma desconstrução para mergulhar dentro de nossa possibilidade real de existência. Joka Faria, junho de 2024."
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 "Uma árvore solitária ali na montanha, triste é ver", disse Samuel Thomas Camano Ekroth. E a Mantiqueira, retratada por mim há alguns anos durante uma caminhada. Minhas retinas contemplaram essa bela árvore ao lado de uma rodovia, sob o sol de outono. Caminhar, navegar como Camões... A vida é uma passagem. Em meio às lembranças, cá estamos aqui... E a Mantiqueira, tão distante e próxima, como reflete um tempo que passa. E a vontade é caminhar, pedalar, sentir a plena vida na natureza. Joka Faria, junho de 2024, inverno.
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  Encontro Marcado: Flávio Venturini, Sá & Guarabyra e 14 Bis Por João Carlos Faria Não me canso de falar do nosso cancioneiro brasileiro e este show, ao acaso, que me chega no YouTube revela velhas sonoridades ao longo de nossas vidas. E hoje, Adélia Prado ganha um prêmio. Respiramos arte. Não sou chegado a respirar maconha ou poluição. Que vontade de morar em Campos do Jordão, não pelo glamour, mas pela Serra da Mantiqueira. Este som é fundamental. Pena eu ainda não ser tão bom compositor assim. Ouçam este show em tempos que Chico Buarque chega aos 80 anos. E as músicas autorais não quebram o bloqueio dos clássicos. Tantos canais de vídeo, podcasts falando do passado e do presente, e o hoje do nosso cancioneiro? Cadê os críticos? Salve Dailor Varela sem fazer médias. Poesia, arte e tudo o mais nos salva? E a educação? Hoje eu perdi o sentido do trabalho. Tem hora que tudo parece mecânico, sem novidades nas salas de aula. Acho as creches cansativas para as crianças. A necessidade
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  Como treinar os ouvidos para uma música nova? Joka Faria O que é a crônica? Relatar a vida com nossos sentimentos e emoções, muitas vezes com uma visão romântica da vida. Onde estão os novos cancioneiros? Ouço Belchior repetidas vezes, assim como Edu Planchêz. Dois poetas: um amplamente conhecido no Brasil e outro reconhecido em pequenos círculos. Quantos compositores não chegam ao nosso conhecimento, mas precisamos ouvir? A crônica na música sempre esteve presente, como podemos ver na música sertaneja. Ontem, ao acaso, ouvi Chitãozinho e Xororó. Que talento e conforto para nossos ouvidos. Mas como dar espaço ao novo? O site Entrementes faz esse papel, mas nem sempre o acompanho. Ontem ouvi uma música nova, mas logo voltei a nomes como Elomar. Como treinar os ouvidos para uma música nova? Precisamos de novas sonoridades que contemplem e interpretem esses dias atuais: redes sociais, sites GPT, extrema direita. E a esquerda, sempre na defensiva, sem gerar pautas fundamentais para o Bra
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  A versatilidade da cantora Catarina Crystal: como é bom ver surgir estrelas Por Joka Faria Na última sexta-feira, dia 21 de junho, tive a felicidade de acompanhar a cantora Catarina Cristal e a banda Aqua Monkeys na casa Underground Hocus Pocus, em São José dos Campos. Esta cantora possui uma versatilidade incrível, interpretando com maestria canções de Janis Joplin, Edith Piaf e outros grandes nomes. Quase me segurei para não gritar "toca Raul"! A vontade de ouvir Oswaldo Montenegro, Caetano Veloso, canções interpretadas por Ney Matogrosso e tantos outros ícones de nossa rica MPB e rock nacional foi inevitável. Como é bom ver surgir estrelas, especialmente quando interpreta as belíssimas canções de Edu Planchêz. Catarina possui uma voz que vem despontando em espaços underground e shows em projetos municipais. Ela também tem parcerias musicais com o poeta, compositor e cantor Edu Planchêz. Os dois tocaram nas ruas do Rio de Janeiro e, pós-pandemia, ela vem se consolidando c
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  É inverno Joka Faria Os dias passam, os anos cavalgam. E tudo acontece. Estamos sendo cercados pela barbárie, Sempre na defensiva. Um livro de Ziraldo censurado E tantos outros livros neste imenso Brasil Por uma rede de ensino municipal. E não damos conta de tanto enfrentamento contra a barbárie que se manifesta Em defesa de uma moral que fecha os olhos ao saber. E a barbárie se faz na voz de pais de alunos. E não damos conta de tanta barbárie. Cabe arte, cultura... Cabe espaços de arte nas periferias, Portões de escolas abertos nos finais de semana. Cabe lermos o mundo. É inverno... E a sede de sabedoria se faz necessária Para enfrentar tempos bárbaros... Que as letras sejam viajantes, Que as palavras pulsem a trazer sabedoria. É inverno... E os corações carecem de fogo e paixão Pela sabedoria. João Carlos Faria 20 de junho de 2024, inverno
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  Reflexões de ócio numa manhã antes de trabalhar Joka Faria Leituras de um conto sobre dois suicidas caindo ao mesmo tempo, de João Silvério Trevisan. A vida é uma experiência única, não mais que uma. Somos tão efêmeros. Vamos tentando nos desconstruir com as leituras da vida. Quando nascemos, os costumes, as crenças e as escolas nos cercam. Família, trabalho. E as leituras de autores nos fazem refletir e chegar às nossas conclusões, nossos textos. Estado, ideologias em prateleiras. Hoje, redes sociais... jornais do dia. E cadê nossa inteligência, que não é artificial? A máquina não o fará por nós, meu caro Cassiano Ricardo. E a vida segue. Sou único e você também. João Carlos Faria 20 de junho de 2024
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  Índio de Neon Joka Faria Um livro de Edu Planchez, Cavernas... cavernas... cavernas. Caminhamos pelas matas Dos nossos sonhos E as matas reais. Li este livro E já não o tenho. O que são livros? Ah, que preguiça, meu caro Macunaíma... E Mário de Andrade andava Pelos lugares mais distantes do Brasil. Bye bye, Brasil... Imagine esses lugares hoje? Um tour entre as culturas e artes brasileiras. Ghiraldelli diz que não somos tão conservadores. Ouço "Made in Brazil"... Mergulho nas Palavras de Índio de Neon , Que faz tremer o planeta. Cavernas... cavernas... cavernas. João Carlos Faria Quase inverno, 19 de junho de 2024
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  Diálogos com Edu Planchez Lagartos voadores rondam as matas. Lagartos... Sempre eles. Como seria sem os répteis... Índios Por todos os lados. Afinal, o que somos? Se nada sabemos do universo? Refletir o caos que nos cerca... Dia após dia... Nas noites em que éramos presos às cavernas... Joka Faria Quase inverno de 2024 Junho
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  Diversidades Humanas por Joka Faria A compreensão da sexualidade humana é um desafio para todos, especialmente no contexto atual de diversidade LGBT. Isso demonstra quão diversos somos. Questiono até mesmo a validade da heterossexualidade clássica. Não nos limitamos a uma caixa comportamental masculina ou feminina. Muitos ainda estão presos em armários, mas esses armários estão sendo quebrados e as pessoas estão se libertando. Entre os estereótipos masculinos e femininos, existe uma vasta diversidade. O silêncio não domina mais. Acredito que a questão dos rótulos já esteja ultrapassada. Somos simplesmente seres humanos. Nossa forma de nos comportar e vestir é única para cada um, de acordo com sua própria existência. Estamos enfrentando um momento de luta contra forças reacionárias no Brasil e no mundo, como a intolerável lei que criminaliza as vítimas de aborto no Brasil. No entanto, resistir é parte fundamental das lutas dos povos. João Carlos Faria Junho de 2024, Domingo, dia 16.
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  Sobrevivendo no Inferno Joka Faria Então é domingo, e na manhã seguinte, segunda-feira. O que somos, afinal? Estamos aqui nesta vida, suspeito que todas as pessoas estão, na verdade, sozinhas. Mesmo em casas cheias, celas de prisão. Nunca vivi um amor, quando faço sexo também sinto minha solidão. Eu sou tão egoísta assim? Como seria dormir e acordar com uma pessoa ao lado. Talvez as canções de Chico Buarque nos dêem essas pistas. Nossos ídolos envelhecem. E o que é o Rap discutido pelo sobrinho de Tim Maia. Mas cada um ouve o que quer... Estou ouvindo Ivan Lins. Eu não sei ouvir rap, mas gosto da força das letras mesmo lotadas de rimas. Estou com "Sobrevivendo no Inferno" dos Racionais em livro. Para ler em algum momento. As letras refletem a realidade das periferias mundo afora. Mas temos samba, o samba é magnífico. Mas cada um gosta do que gosta. Djalmax, num texto que li hoje, fala da pornografia. Mas não existe educação sexual nas famílias e nem nas escolas, crianças e
  Celebra çã o ao Renascimento da Poesia e do Humanismo C E L E B R A Ç Ã O of the Renaissance of Poetry and Humanism C E L E B R A T I O N Celebratio Renati Humanismi et Poesis 诗歌与人文主义复兴的庆典 诗歌与人文主义复兴的庆典 诗歌与人文主义复兴的庆典 诗歌与人文主义复兴的庆 诗歌与人文主 诗    del Renacimiento de la Poes í a y el Humanismo     C E L E B R A C I Ó N    कविता और मानवतावाद के पुनर्जागरण का उत्सव कविता और मानवतावाद के पुनर्जागरण का उत् कविता और मानवतावाद के पुनर्जा कविता और मानवतावाद के पु कविता और मानवतावाद कविता और मानवत कविता और कवित    Joka Faria , Junho de 2024
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  Lascas de iceberg em rede na varanda Um livro de Fernando Selmer Joka Faria A noite de domingo chega e, com ela, a perspectiva da segunda-feira. Que estranha é essa sensação de uma segunda-feira. Este fim de semana experimentei a troca de aparelho celular: senhas, aplicativos e a escolha do aparelho de acordo com o bolso. Dias e dias de ajustes, descobrindo os recursos. Fui ao lançamento do livro do Fernando Selmer. Foi a primeira vez que participei de um encontro presencial com o povo da cultura na cidade neste ano. Conversas com Léo Mandi. "Lascas de iceberg na varanda". E agora, noite adentro, no YouTube, por indicação de Mandi, vejo a Rádio Aguapé, um histórico sarau de ruas que acontece desde a década de 80. Nada como os saraus de rua e o encontro da ciranda da poesia. Na outra semana, quarta e quinta, Letras Viajantes, 19 e 20 de junho. Perguntaram-me no sarau quando lançarei meu segundo livro. Digo que não sei. Só falta a bendita seleção, pois, felizmente, tenho mate
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Apagão de professores no Brasil Joka Faria R$ 6.912,69 deveria ser o piso nacional dos professores no Brasil, de acordo com o salário mínimo proposto pelo Dieese. Isso resultaria em uma remuneração de aproximadamente R$ 49,38 por hora-aula. Para melhorar a educação, é essencial valorizar os salários dos professores, tornando a profissão mais atraente. Essa é a conclusão de uma pesquisa da Fapesp, destacada na matéria "Crise nos Programas de Licenciatura". Os sindicatos de professores das redes municipais, estaduais e federal precisam se unir e criar um movimento. Sem essa união, o Brasil não avançará. Hoje, ao conversar sobre isso com colegas, deparei-me com esta pesquisa da Fapesp no YouTube, um dos principais órgãos de pesquisa do Brasil. Assistam ao vídeo, leiam a matéria e reflitam. Sem uma mobilização dos professores e da sociedade civil, nada mudará. Sem luta, nada se conquista. João Carlos Faria é pedagogo pela Unicesumar. 6 de junho de 2024, quinta-feira. Fontes: Cris
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  Singularidade Eu gosto da liberdade de usar calcinhas, saias, roupas coloridas... Mesmo sendo do sexo masculino. Por mim, andaria misturando as roupas, tanto as femininas quanto as masculinas. E para que continuar com esta separação de gêneros na atualidade? Afinal, não estamos em democracias ocidentais? Somos, desde a infância, uma mistura; o resto é uma imposição de hábitos e costumes. Quero quebrar armários, já não estou mais dentro deles. Sou quem eu queira ser, e respeito cada singularidade. Joka Faria Junho 4, 2024, outono
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  Reflexão sobre Gênero e Liberdade Antes que a Vida Passe Dedicado a Belchior, Solfidone, Marcelo Planchêz, Daira  Ele era um rapaz latino-americano, mas não era só rapaz assim. Ele é uma mistura entre o masculino e o feminino. E quantos como ele existem neste mundo afora. Num shopping, um rapaz ou um homem entrou desajeitado com sapatos bem altos. Geralmente as mulheres ficam desajeitadas com salto alto. Imagine um homem. Com uma roupa bem normal. Fazendo uma compra numa lanchonete. Em outro lugar, um homem caminha com uma calça bem justa para ir a um shopping. Ainda jovem. E num ônibus, dois adolescentes, uma moça e um rapaz, com um visual bem criativo, rompendo as questões de gênero ou as prisões de gênero. E os meninos brincam de roupas de meninas. Ele era um rapaz latino-americano, mas nem tão rapaz assim... Como são as imposições de gênero. E em dias estranhos, as pessoas ousam atravessar espelhos. Um filósofo que vive em shopping diz que não passamos de bonecos. Ele que analisa
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  Sou um estrangeiro na minha própria cidade? ⓘ 𝘊𝘰𝘮𝘦𝘯𝘵á𝘳𝘪𝘰 𝘳𝘦𝘮𝘰𝘷𝘪𝘥𝘰 𝘱𝘰𝘳 𝘥𝘦𝘵𝘦𝘳𝘮𝘪𝘯𝘢çã𝘰 𝘥𝘰 𝘔𝘪𝘯𝘪𝘴𝘵𝘳𝘰 𝘈𝘭𝘦𝘹𝘢𝘯𝘥𝘳𝘦 𝘥𝘦 𝘔𝘰𝘳𝘢𝘦𝘴 ⓘ Joka Faria A que ponto estamos chegando? Agora à noite, depois de ver os telejornais, resolvi vir escrever. E vi a frase acima no Facebook. A que ponto estamos chegando? Eu queria escrever uma crônica, um poema. Mas já começo realmente a pensar em me distanciar das redes sociais. Voltar a usar o WhatsApp como um mero telefone, não para um ativismo que nunca gera nada prático. Só nos resta ler e escrever. E Machado de Assis vira febre nos Estados Unidos, vi num jornal de televisão. Eu gosto de sites de notícias e telejornais. Mas hoje desliguei a TV e vim escrever, pois escrever nos relaxa. A que ponto estamos em nossa sociedade? Onde ninguém mais, ou quase ninguém, se encontra para falar de poesia, filosofia? Ou até de política do dia a dia. Hoje até senti a falta das campanhas de rua. Como as cidades estão frias