Manual Prático de Ativismo, a questão do Banhado
Reflexão de Joka Faria
Este é um texto que nasce já com o título. É um texto que nasce de muita solidariedade e sentido de que podemos ser solidários e ter empatia numa sociedade cada vez mais desumana.
Estamos vivendo uma cena chocante na cidade de São José dos Campos SP e já tivemos o trauma do Pinheirinho, Uma comunidade que foi retirada com extrema violência pelas forças de segurança pública a qual mantemos com nossos impostos. O Estado detém o monopólio da violência. a comunidade do Banhado, Jardim Nova Esperança ; Esta população que está naquele belíssimo lugar há mais de cem anos , pode ser retirada por decisão judicial a qualquer momento.. A um esforço dos ativistas da cidade em sentido contrário. Advogados , munícipes. E a elite econômica através do município, com prefeito e vereadores se esforçam para retirar aquelas famílias. Estive na Assembleia desta comunidade e no ato pacifico no outro dia. Acompanho este debate desde a década de 90. Vivemos numa cidade que tem desprezo pelos pobres e trabalhadores. Nesses dias vemos mais ainda a ausência de sentimento de pertencimento à comunidade. Testemunhei os diversos grupos sociais que batalham contra esta alienação. Diversos coletivos de uma sociedade , partidos políticos de esquerda, sindicatos, ongs. E pessoas que se dedicam às questões sociais. Esta questão está judicializada. Temos ainda uma pequena esperança que chegue ao Supremo Tribunal Federal para se ter um desfecho definitivo. Mas devemos pensar em manuais práticos de ativismo. Não me recordo de nenhum título assim?
Mas é o manual deste autor. Com minha visão de mundo.
Todas as atitudes e estratégias para defender aquela comunidade e outras em qualquer parte deste planeta.
São José é cheia de bairros ainda irregulares e leis para simplesmente demolir casas. Já houve inúmeros casos de famílias que chegam do trabalho e suas casas estão demolidas.
Os valores oferecidos àquelas famílias é irrisório dada a especulação imobiliária do município.
Neste mesmo momento no litoral norte Paulista acontece a mesma situação. Enfim, é algo de uma sociedade organizada de forma excludente. Que na prática não temos direitos iguais.
Mas temos que nos valer da Constituição Brasileira.
João Carlos Faria
20 de Dezembro de 2023, Primavera.
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