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Mostrando postagens de maio, 2025
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  Bebê Reborn Por Joka Faria Não é um texto de ficção. A música de Renato Russo se torna mais real do que nunca: vivemos num mundo doente. É caso de tratamento psiquiátrico e psicológico. Como as pessoas começam a cuidar de bonecas como se fossem seres vivos? Dialogar com inteligências artificiais ainda é algo razoável. Mas cuidar de bonecas? Numa sociedade em que tantas crianças precisam de apoio — e poderiam ser apoiadas — nós, enquanto humanos, estamos adoecendo. O que Freud nos diria? Ou os filósofos gregos? Este caos psicológico merece ser tratado. Quem sabe, estudado. Uma brincadeira doentia. O que nos torna humanos? João Carlos Faria 30 de maio de 2025
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 Caminhos da Cambuí Joka Faria 29 de maio de 2025. 13 graus... sem silêncio. Assisti a uma entrevista com Pedro Bandeira. No início da noite. YouTube. Que rara inteligência. Sintonizado ao novo. Depois, só o tédio do YouTube. Você insiste. Procura. Não acha. Tédio na noite de outono. Somos tão velozes, mas os mesmos de sempre. Como diria Titãs: aquele sorvete não funciona mais. Ninguém admite o tédio. Enquanto escrevo, o barulho — a quilômetros — da Via Dutra. Mas a conversa com Pedro nos tira o tédio. Mas o tédio é de cada dia, nessa ausência de futuro. Só o presente existe. Quantos livros por ler... E a madrugada a nos alcançar. Vem aí uma sexta-feira. Mais uma. E cadê a felicidade? Simplesmente existimos. O resto é resto. E a Dutra, tão distante em seu ruído. Silêncio, não há. Talvez nas bandas da Mantiqueira, onde Ricola de Paula mora. Não no Rio de Jacarepaguá, de Edu Planchez. Aí, Monteiro. Mosteiro. Que se faz Lobato, e trocava conversas com Cassiano Ricardo na rua XV de Nov...
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O povo brasileiro Joka Faria Brasil... Brasil... nada mais que o Brasil. O que são as fronteiras? O que é essa língua que nos une? Fronteiras, nações, povos... Desde 1500: invasão ou tomada? Bandeirantes, caravelas... Pau-Brasil. Portugal. Língua portuguesa. Língua guarani. E temos a língua brasileira — Língua das periferias, do funk, do rap, das gírias... E também das línguas formais. Afinal, o que somos? A palavra nos lavra: é ouro. Caetano Veloso, Gregório de Matos, Racionais MC’s... E aí? Centrão dando comandos... e a política? Lula no comando, oposição, direita... E nós, o que somos nesse liquidificador? Qual o nosso papel? Como nos tornamos uma nação? Educação Brizola... Darcy Ribeiro:  O povo brasileiro . João Carlos Faria 27 de maio de 2025, terça-feira
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  Baratas que roubam a esperança do povo Não sei se o inseto de Kafka era uma barata. Mas o barulho de uma barata entrando em meu quarto é sinistro. Como se livrar de baratas? Mas o Congresso está cheio delas. As mesmas que roubam velhinhos aposentados. As mesmas que estão em governos de direita e de esquerda. Cadê os pães? Dão-lhes brioches. Como na Palestina, querem nos tirar tudo. De mandato em mandato, os juros no Banco Central continuam altos. E a China é o novo império. Mas constrói portos na América. Desenvolve a África. Mal consigo aprender inglês — imagine o mandarim? Novas rotas da seda. E alguns querem a maconha de cada dia. Professores massacrados pelas burocracias. De grandes baratas no poder. Quiçá, em breve, se cortem cabeças como na Revolução Francesa. Ao povo, nada. E as velhas elites, carcomidas de dejetos. De insensibilidade. Com relação ao povo, nada. Nos tiram tudo — e um silêncio ensurdecedor. Ai, baratas. Baratas em Brasília. A roubar velhinhos. E o silêncio....
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 Viver ou sobreviver? Trabalho bom com. Sem ruim... ruim com. Nos consome a vida. Até virarmos massa asfáltica. A vida nos consome. O trabalho nos consome. Quando deixaremos de sobreviver e passaremos a viver? Antes de ser encantados? Virarmos adubo. Merda num pasto. O que somos além de um amontoado de ilusões? Viver é desafio. Na tarde de outono. Joka Faria Dezesseis de maio de 2025, Outono.
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 As revoluções na cultura na atualidade Bom dia! Estive ontem na Conferência de Cultura de São José dos Campos, SP, Brasil. No histórico prédio da Faculdade de Direito da Univap, no coração da cidade. Uma riqueza de depoimentos. O lugar lotado emanava, nestes dias de outono, o calor humano. Depoimentos do povo LGBTQIAPN+. Numa quebra de armários e pontos de vista da sociedade contemporânea. A arte é cultura, é resistência a este modelo de ver o mundo pré-fabricado, liberal. Ali estão as poucas pessoas. Um apanhado de gente que não abaixa a cabeça e não deixa as trincheiras da liberdade. Lutas que vêm desde a Revolução Francesa, no século XVIII. Lutar. Quebrar armários. Uma nova ressignificação do ser humano. Com todas as manifestações artísticas, culturais, políticas, filosóficas. Que tenhamos mais encontros assim, na cidade e neste planeta. Que aconteçam num grande círculo em torno de fogueiras, onde livros sejam distribuídos. Tudo a dizer e a processar em nossos HDs humanos. Em t...
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  O sonho americano 13 de maio de 2025 Dedicado a Franklin Maciel Aí, Dreams O sonho. Liberdade. Aí, Dreams Caminhos entre o abismo. No mais alto do abismo. Para um sonho de prosperidade. Aí, Dreams. A vitória está no caminhar. Juntos com nossos sonhos... Aí, Dreams. O grande sonho de prosperidade. Que fez a América: sonhos. Vitória. A todo momento, Aí, Dreams. Nós temos sonhos. Aí, Dreams. Joka Faria
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  Um sol surgiu em meio às nuvens Dedicado a uma amiga Quando tudo parece estar dando errado, é bom lembrar que, em algum momento, tudo pode dar certo. Sigamos em frente. Hoje é segunda-feira, e a vida é feita de sucessos e fracassos — uma montanha-russa de emoções. Não sabemos onde iremos chegar, mas o desafio está posto. Joka Faria 12 de maio de 2025
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  O identitarismo virou norma? Joka Faria 8 de maio de 2025 O identitarismo virou norma numa sociedade? Agora temos que nos definir como homens ou mulheres cis? A sociedade brasileira tem tantos desafios: como gerar empregos, melhorar a educação... E os identitarismos impõem suas pautas. E há o silêncio, para não sermos chamados de reacionários. Acabei de ler uma tirada bem-humorada num comentário da Folha de S.Paulo. Vivo dialogando com as IAs. Mas não nos cabe o silêncio. Teremos eleições em 2026. Uma chance para mandar os deputados do centrão para casa. Cabe uma luta por uma agenda de avanços sociais para todos os brasileiros — e não um modismo de língua. Diversidade, sim, mas com liberdade de reflexão e ação. Essas pautas identitárias afugentam o eleitor e acirram o conservadorismo. Precisamos debater o rumo dos problemas reais da sociedade brasileira. Liberdade para todos — sem modismo linguístico. O identitarismo: uma amarra na sociedade plural. No silêncio movimentado de um ...
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  Dejeto ignorado na calçada Joka Faria 9 de maio de 2025 Eu fome... Numa tarde de calor de outono. Maio. Nos tirando das trevas da ignorância. Eu fome. Tudo se faz ilusão. Eu fome. Fecho um livro. Uma área de uma casa. Calor. Eu fome. O que somos além das velhas necessidades? Na noite, um homem de rua. Sem cobertor. Eu fome. Ele, sem casa, na vida das ruas. Eu fome. E o silêncio desconfiado da vida urbana. Eu fome. Quando deixamos de ter solidariedade? Ele sem lar. Eu fome. Quando deixaremos de ser máquinas e passaremos a ser seres humanos em plena solidariedade? Eu fome. Ele sem lar. Sem teto. Dejeto ignorado nas calçadas. Eu fome. --- Nota: Foi acessado o serviço 156 da Prefeitura de São José dos Campos para o atendimento da pessoa, por volta das 22 horas.
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  Que estranho. Nosso destino é envelhecer ou morrer. Que merda. Joka Faria 6 de Maio de 2025 Boa tarde! Tenho notado um certo conflito na população. Algo que aparece nas entrelinhas entre a Zona Leste e a Zona Sul. Acredito que seja uma questão cultural — mas não é como a divisão entre a Zona Sul e a Zona Norte do Rio de Janeiro. Ainda assim, vale ser pensada e refletida. Só ainda não sei como registrar isso em uma crônica, poema ou talvez até mesmo num roteiro ou música. Joka Faria 06 de maio de 2025
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  Diálogo com o poeta Joka Faria 3 de maio de 2025 – Outono Dedicado a meu avô, João Caetano Aí, Manoel de Barros, como tu verias a Pedra do Baú? Suas trilhas, a cansativa e prazerosa caminhada, sentindo-se dentro da serra que chora — a Mantiqueira. Como descreveria as árvores, as folhas, as poucas águas da trilha e a humanidade sempre presente com seu tagarelar? Eu andava sozinho. Como explicaria o nome Ana Chata, e refratária a caverna, e o medo de atravessar as grades? Meu caro Manoel, tudo ali é êxtase, cansaço e paixão. A Pedra do Baú — é onde vive o gigante adormecido? Tão falado por meu avô numa viagem num Fusca, de retorno de Paraisópolis, onde ele contou a história do gigante adormecido, como se o visse ali, à beira da estrada, no silêncio da serra.
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  Desbravando a Pedra do Baú Por Joka Faria A Pedra do Baú, que avistamos de inúmeros lugares da região, era um lugar onde eu nunca tinha caminhado até então. Só havia ido ao Bauzinho. No feriado do Primeiro de Maio, fui com dois amigos fazer essa trilha até a Pedra. Cheguei à Ana Chata e depois voltei. Uma trilha, ao meu ver, pesada — embora menos do que a que amigos desbravaram nos anos 90, quando iam caminhando desde o centro de São Bento até lá. Era uma época em que se podia ir sem nenhum controle. Hoje, é um parque onde você se registra pelo site. Foi uma caminhada prazerosa. Eles, felizmente, iam bem à frente, e eu segui meu ritmo e fui caminhando. Tenho um prazer em ficar só nesses lugares. Achei bem curioso, pois lá as vozes humanas se espalham de forma diferente da região de São Francisco, onde estou acostumado a trilhas e estradas rurais. Voltando da Ana Chata, onde estava sozinho, conheci inúmeras pessoas pela trilha, que tem um bom movimento. Depois, peguei a trilha em ...