Ode ao fascismo que esfarela corações
(Inspirado em um vídeo publicado por Diego Ek Khouri)
Carlos Drummond de Andrade chegou em mim nesta madrugada. Através de Caetano Veloso.
Há, como somos impotentes. Vi moradores de rua em um banheiro público. E ninguém – nem mesmo eu – não faz nada por eles. Silenciamos diante da barbárie. Esta barbárie.
Onde as pessoas pedem ajuda nos semáforos. Às vezes, uma travesti careca. Um desempregado. Já nem carregamos mais dinheiro em espécie.
Mas Drummond é porrada numa rede social. De madrugada.
Eu, em silêncio. Num grito de agonia. Vendo a ausência humana.
Ninguém dá um prato de feijão.
Todos em silêncio diante do fascismo que se instala no poder.
Joka Faria
16 de fevereiro de 2025.
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