Uma pesquisa sobre a linguagem refletindo o alfabeto
Joka Faria
Hoje, numa sala de aula, estava conferindo o alfabeto. Num momento de harmonia da aula, saquei que as consoantes, sem a vogal, perdem o sentido. Mas somente na língua portuguesa?
Comentei com umas colegas e pensei num texto. Algo tão habitual no processo de leitura e formação da criança e no nosso dia a dia de professores.
A língua escrita tem algo mágico que vem da língua falada. Quanto desenvolvimento da humanidade para chegar até os dias de hoje.
Entender estas convenções. Já li a psicogênese da língua, mas construir isso em forma de poesia. Línguas que nos dão o saber. Hoje a oralidade está mais forte que nunca, através da facilidade de se gravar vídeos e colocá-los nas inúmeras redes sociais. Mas escrever nos faz refletir mais, assim como ler.
Hoje se usam muitas abreviações. Até a polêmica da linguagem neutra.
E conviver diariamente com o processo de alfabetização é maravilhoso. Esta vida de professor é gratificante. Quando estou numa escola, esqueço do mundo à nossa volta. Mas ele está na escola de várias maneiras. Evito o uso de celular, só para alguma pesquisa imediata, ou fotografias e vídeos. Só uso no intervalo do almoço.
Mas uma pesquisa desta, no campo da linguística, chega aos povos antigos até esta era da Inteligência Artificial.
Há tempos não sei o que é jornal impresso. Só leio livros — e ainda porque não comprei aquele dispositivo de leitura da Amazon.
Mas refletir a língua em todas as línguas, as que existem e as esquecidas.
Não nos comunicamos por telepatia.
Imagine um poema ou uma música por telepatia?
Temos olhos, ouvidos, fala.
A poesia e a filosofia devem fazer parte de nossas vidas a todo momento.
Ler, refletir, escrever. E fazer vídeos. Às vezes reinventamos a roda, mas tudo é processo do desenvolvimento humano.
Daqui a dias, férias. Só não temos férias de saberes.
Há uns meses eu estava saindo de casa para fazer uma segunda prova de professores num mesmo dia. Todo tranquilo pela minha segunda graduação, e um vizinho, daqueles sábios da vida, me perguntou o que eu iria fazer. Falei que era prova de professor. Aí ele falou: “Para ser melhor que os outros?” E eu pensei: “Para sobreviver.” Mas devemos viver. E nada mais.
Vou continuar com esta pesquisa sobre a língua. Na verdade, as linguagens humanas.
João Carlos Faria
Dezembro de 2025, terça-feira
Joka, formado em Pedagogia e agora Letras.
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