Navegando na praça virtual

Toda forma de arte é encanto, quando se inova.

No silêncio das redes sociais, quando desligo a TV, com vontade de dormir, entro a navegar: TikTok, Instagram, Facebook, X, YouTube.

Vejo um mundo de artes e artistas a se revelar na pequena tela de um celular. Já não tenho vitrola, nem máquina de escrever. Só tenho uma TV conectada ao vazio existencial, um desktop, um celular — o vazio existencial diante deste silêncio de sábado à noite.

Hoje atravessei a cidade, suas praças, padaria, mercado municipal. Devorei um acarajé na Praça Afonso Pena. Relembrei os concursos que fiz e não passei — e que agora já não irei mais fazer.

Há os concursos que não passei. E a arte — entre danças, canções, poemas — desconectada das inteligências artificiais. Imagine aquele pequeno robô, dotado de inteligências artificiais... O que será de nós depois, em nossa desumanidade? Guerras. Gaza. Guerra. Gaza.

Eu, infinito entre o nascer e o morrer.
Quem sabe estamos a sonhar dentro de um casulo.
Deus é invenção.
A arte é criação.

Quem é você? Quem somos?
Pessoas num abismo de viver.

Joka Faria, outubro de 2025, primavera — ácida e a morte em forma de etanol.





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