Canção a uma tarde de outono Joka Faria 29 de abril de 2025 O que é a vida? Um ponto inicial até um ponto final. Quantos anos se passarão até o fim? Mas o quê era antes de nascermos? O que será depois? Somos sempre memória. Mesmo ausentes? Este dia frio. E a cidade ao longe. Diante da Mantiqueira. Os poetas do Morro Carioca devoraram a obra de Monteiro Lobato. E antes do funk, rap... O morro e suas verdades nos encantam. O que é a vida? Uma roda gigante de emoções. Crianças embarcam numa van até a escola. Caminhos de saberes. E os morros cariocas, tão perto, dentro de nossos corações. A existir. Existir... existir. Na tarde fria de outono. Quem somos nesta eternidade? E na várzea, cachorros latem e o mugido de bois... E ao longe o Rio Paraíba em silêncio. Simplesmente existe.
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Mostrando postagens de abril, 2025
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CANÇÃO NUMA TARDE DE OUTONO Tarde de outono. Quase silêncio. A sombra de árvores, um banco, um livro que se abre... Às vezes, paramos para contemplar a vida. Tarde de outono. O sol, resolvido, dá as caras num sábado. Um bater. Sons de trabalho. Ao longe, a cidade — com suas vidas. O Rio Paraíba à frente, correndo em silêncio, com suas poluídas águas. Tarde de outono. Livro fechado. Volto a abrir. A cigarra — nunca em silêncio. Joka Faria 26 de abril de 2025
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Caos nos dias da semana Por Joka Faria 24 de abril de 2025. Lendo Carlos Felipe Moisés. Sexta-feira virgem? Mas é um dia da semana. Quase fim de semana. Imagine os dias da semana como seres vivos. A sexta-feira namorando a segunda-feira. O sábado se encontrando com a quarta-feira. Num parque. Quem sabe eles embaralham os dias. Joguem o domingo para terça-feira. Ah, as semanas nos fariam ficar perdidos. Este calendário é romano. Mas entre árvores, a quinta namora o domingo. E a sexta podia amar o domingo. Imagine a festa e o encontro de todos estes dias numa enorme casa. E decidem fazer greve? Nossas cabeças se perderiam e seria o dia em que a terra parou.
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Sonho Lúcido, Realidade Áspera Ninguém vive de sol... nem de vento... tudo se faz irreal. Mas a realidade. Que nos consome. O tempo que nos devora. Abismos. Abismos. Entre nuvens. Um oceano. De versos. Um universo oceano. Ninguém vive de sol. Labutar. Madrugar. Ninguém vive de poesia. Mas ela permeia o real. Mas que real? Nas entrelinhas de palavras, sonhamos um sonho lúcido. Ninguém vive de sol. Um oceano de versos. No universo. Nas entrelinhas do viver. Joka Faria 22 de abril Enquanto assistia Entrelinhas (com Marcelino Freire)
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Desafios ao status quo Por Joka Faria Eu brinco: que, se pudesse, eu trocaria de corpo. Tem uma série na Netflix que aborda essa questão do ponto de vista científico. Tem um personagem em homenagem a Edgar Allan Poe, Altered Carbon. Lobsang Rampa diz que fez a troca. Mas, há eternidades, estamos trocando de corpos, segundo inúmeras linhas místicas. Quando morrermos… Envelhecer é algo desconfortável. Não pela estética, mas pela liberdade que tínhamos antes, e agora as limitações. O suicídio é combatido por todas as crenças. Não sou ateu. Hoje estou na busca da consciência cósmica. Mas, neste supermercado de crenças, já tive inúmeras. Que, muitas vezes, me limitaram na liberdade sexual. Mas onde realmente somos livres? Se estamos presos às crenças, limitações econômicas, ao nosso corpo, e a este sentimento de perecimento ao mundo... Que, como Francisco, o papa — hoje deixou este plano. Viver é estranho. E morrer deve ser muito mais. Não lembro de minhas mortes. Hoje sonhava que tin...
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Canção a um poeta Para Carlos Felipe Moisés – no início da leitura de “Lição de Casa” e dos poemas anteriores Joka Faria 20 de abril de 2025, domingo. Ele, o poeta, perdeu um filho. Na infância. Eu nem filho tive, e nunca terei. Mas a vida é uma passagem — uma passagem de ida, sem volta. Um trem em movimento. Um balão no ar. Perder um filho... sinto na pele por ele. Eu, que nunca tive. Eu mergulho na poesia deste poeta. E, diante da Mantiqueira, contemplo, ávido, numa tarde entre palavras e livros. Ao fundo, um samba de Bezerra da Silva. Avisto uma estrada de terra. E canto o existir.
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A Energia que Flui entre Nós e a Máquina Um depoimento sobre o uso de Inteligência Artificial do Marcelo Marins. Tenho também experimentado o uso de imagem, colocando várias ideias que, na escrita, nunca conseguiriam ser compreendidas. Uso o GPT, DeepSeek, Gemini. Acho os nossos padrões muito caros para assinatura, mas uso ao máximo a versão gratuita. Acredito que quem se dedica à arte e ao ativismo político deve se manter atualizado e não desperdiçar as tecnologias que facilitam nossas vidas. Pensem, não fiquem no passado. Joka Faria 19 de abril de 2025 Marcelo Marins Eu sempre aprendi que, na vida, a maior lei é a gratidão. O ChatGPT veio demais a somar. Eu ficava muito triste por não saber desenhar e mostrar com exatidão o que imaginava. Embora os desenhistas se esforçassem ao máximo para tentar fazer o que eu pedia, não ficava 100%, porque eu não conseguia mostrar o que estava na minha mente. No esforço, eles se dedicavam, mas sempre faltava algo. Já fiz mais de 2000 vídeos e...
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A casa em que nasci Joka Faria Este sábado eu fiz um passeio para Paraisópolis, MG, minha cidade natal, onde fazia um tempo em que eu não ia. Lugar de férias na infância e feriados. Nunca morei nesta cidade, mas tenho grandes memórias. Fomos conhecer a casa em que nasci, na zona rural do município. Uma outra casa foi construída no mesmo local. E, para meu espanto, em plena Serra da Mantiqueira, o lugar fica próximo a uma estrada dos caminhos de romeiros para Aparecida do Norte. Um lugar belíssimo que lembra as estradas em que caminho no distrito de São Francisco Xavier. Deve ser um desafio morar em lugares assim. Nós, que somos seres urbanos, nos acostumarmos a este isolamento? Cai a noite. E não fica a céu aberto. Sempre fiquei em sítios do meu avô e tios, em outras zonas rurais da cidade. Já fui a este lugar na infância, mas nunca vi a casa em que nasci. São lugares em que precisa de automóvel. A cidade não tem um hospital bom. As pessoas deslocam-se para São José, Taubaté, em emergê...
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Fragmentos de Abril João Carlos Faria 11 de abril de 2025 --- Há a calmaria de ler um livro de poemas. Mas ler é um ato de esquecimento da vida. Mas… desconfiar do que se lê, pós-Inteligência Artificial. Cassiano Ricardo sabiamente profetizou: a máquina o fará por nós. Leio poetas de antes da Inteligência Artificial. — Mas a máquina nos engana? Ou nós enganamos a máquina? — Desconfio de toda e qualquer literatura, mas a sorvo. Sorvo. Sem limite. Quero ler poemas imorais. Mas o que é a moral? Um jogo de regras éticas. Desconfio de toda arte pós-Inteligência Artificial. Mas leio à sombra das árvores. À beira da estrada de ferro. Quem sabe, num vislumbre, veja uma Maria Fumaça. — Quando as ruas... NÃO VEJO OS MORTOS... AQUELES QUE NOS FAZEM FALTA. — O que diriam deste admirável mundo novo? — Já não tenho ambições. Só um trabalho. Uma casa em meio à serra da Mantiqueira. E um trabalho diante do computador. Leiamos Cassiano Ricardo, um profeta. Mas... a máquina terá sensibilidade por ...
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Variações do Desejo Amor. Love. Amor, leve tensão. Aí, tesão. Desejo: alma, corpo... Amor... Love. Love. Love. Amor. Tensão. Corpos... tensão... tesão. Tensão. Êxtase. Êxtase... Aí, êxtase. Love. Amor. Êxtase... Corpos que explodem em tensão... Desejo. Paixão. Êxtase... (Joka Faria, 5 de abril de 2025)