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Mostrando postagens de novembro, 2024
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  Café, Moda e Literatura por Joka Faria Cabe nestes dias tão virtuais, nascer espaços dedicados à arte e à filosofia. Eu estava assistindo ao programa "Entrelinhas" no YouTube, da TV Cultura, e este texto estava pedindo para ser escrito. Então, aqui estou. Vivemos numa sociedade de compra e vendas, muitas vezes mais pelo desejo do que pela real necessidade. Estive num rodízio de pizza e minha consciência ficava me cobrando, como aquele grilo do Pinóquio. Como faz falta criar espaços de convivência numa sociedade cada vez mais intolerante ao próximo. As adegas estão aí, nas cidades, e as academias. Mas espaços para se filosofar e fazer arte quase não existem, tanto nas ruas quanto em shoppings. Então, como estamos numa sociedade capitalista, por que não pensar em espaços assim, tanto nas regiões centrais quanto nas comunidades? O ser humano cresce na arte do convívio. Espaços assim, com uma sobrevivência, seria interessante, mais até do que os pontos de cultura bancados por a
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  O Debate da Redução de Jornada de Trabalho e a Necessidade da Qualificação dos Trabalhadores Por Joka Faria O debate sobre o fim da escala 6x1 e a busca por uma jornada de trabalho mais humana é um ponto positivo para a esquerda, especialmente após anos de defensiva sem criar pautas. A redução da jornada de trabalho pode trazer impactos positivos para a economia brasileira, aumentando a quantidade de postos de trabalho e melhorando a saúde e disposição do trabalhador. Cabe incorporar ao debate a questão da renda mínima universal. Uma luta que já vem ocorrendo há anos. Deveria buscar que todo trabalhador desempregado por mais de seis meses tenha direito à bolsa família enquanto estiver buscando emprego, mesmo que tenha uma contrapartida em cursos de qualificação. É uma ajuda para procurar emprego e apoio psicológico. Pela lei atual, só se aposenta após os 65 anos. No entanto, não se vê nenhum programa de incentivo para pessoas com mais de 45 anos para conseguir trabalhar. Nenhum progr
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  Como se Desconstrói os Armários Por Joka Faria Vestidos, saias, calcinhas... Como é prazeroso o jeito das mulheres  se vestirem. Eu amo roupas femininas e acredito que elas devem ser integradas ao vestuário masculino. Sim, saias, vestidos e até calcinhas podem ser para homens de todos os gostos que usam. Afinal, a moda masculina é cansativa: calças, camisas, bermudas, shorts... sempre as mesmas opções. Não importa as preferências sexuais de um homem — seja heterossexual, bissexual ou homossexual. O que importa é criatividade! O corpo masculino merece a mesma liberdade estética que o corpo feminino. Calcinhas, saias, vestidos, maquiagem... tudo isso é tão lindo, tão expressivo. A mulher é a perfeição, a síntese da beleza. E o homem, com sua força e músculos, guarda dentro de si uma mulher. Porque há algo feminino em todo homem, esperando para se libertar. João Carlos Faria Escritor, professor, criador de vídeos e cantor no YouTube.
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  Para Joka Faria Da cena, sem fazer cena... Eu cá em casa escolhendo casa No casear caminho prendo meus botões Meios invertidos encontrados da prosa Feito de quem sabe bordar de bordões Em floreios sinto do verbo meio fuso O risco da paleta pintando cenas Em ligas sem fazer do parafuso No giro da vida sem ter Helenas No correr mais ou menos de teus passos Rimados da marginalidade nua No aperto sem criar de embaraços Vejo da vida não temeres arrocho Usas do verbo de quem sabe da lua É, Poeta Joka. Tens o saco roxo! Ramoore Nos bons tempos da Fundação Cassiano Ricardo. Renato Alberto Moore
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  Em dias que às vezes parecem os fins dos tempos Refletindo uma entrevista de Fernando Selmer em forma de conto. Publicada no Entrementes. Ele percorreu a cidade, entrando e saindo de lojas, procurando uma saia que o encantasse, mas nada o conquistou. Algo discreto que nunca será discreto quando resolver usá-lo. A moda e os vestuários estão sendo desconstruídos; tudo parece proibido, mas será que é permitido ousar? Em dias que às vezes parecem os fins dos tempos, onde se levantam contra a escala de 6 por 1... Não se tem tempo para nada, mas ele usou uma tarde para procurar a saia que possa lhe agradar. Nunca esteve tranquilo com o vestir-se; a masculinidade parece não ser criativa em relação ao corpo masculino. Tudo é proibido em relação ao lúdico. Então, dentro dele, explode uma criatividade e ousadia que não transparece em seus gestos. Sente-se um ator representando os limites de um patriarcado decadente que tenta se firmar numa onda de extremo conservadorismo. Parece que todos os r
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Ler Jacek Ricardo Sielawa é mergulhar em desconstruções enigmáticas, no que ousam chamar de poemas – criações de experiências poéticas. Jacek nos desconcerta, abre novos caminhos para o imaginário e o poema se faz em desafios a qualquer norma, culta ou inculta, até o fim de nossa sanidade. Por que ele não nos presenteia com livros? Não lança seus livros? Ele poderia jogar livros do alto de um prédio ou de um helicóptero. Este é Jacek.. Por Joka Faria, 12 de novembro de 2024.
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  Prison Break: Um Clássico das Séries Por Joka Faria Estes dias tenho assistido à série Prison Break, que se tornou uma verdadeira maratona. Há alguns anos, assisti a alguns episódios na TV a cabo, e agora posso revê-la na Netflix e no YouTube. Não me lembro de uma série similar no Brasil. Uma amiga, muito antenada em séries, me disse que atualmente este padrão de séries longas e neste formato está ultrapassado. Portanto, Prison Break já é um clássico. Esquecemos frequentemente que filmes e séries são formas de literatura. Os roteiristas raramente recebem o crédito que merecem, em comparação com diretores e atores. Além disso, os produtores têm um papel fundamental na decisão do que será produzido. No Brasil, a Rede Globo é a principal produtora, enquanto nos EUA existem diversas grandes produtoras, como Disney e Fox. No entanto, com a ascensão de plataformas como Netflix, a produção atual é global. Até os anos 2000, as produções americanas eram predominantes, mas países como Brasil,
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  Refletindo sobre a Economia Criativa no Brasil Um debate sobre a questão das artes e cultura João Carlos Faria Professor e escritor Criar um espaço similar ao Armazém do Campo, de São José dos Campos, com salões para eventos, de forma a não depender exclusivamente de recursos públicos, mas contando com o apoio da prefeitura, que poderia oferecer terrenos para a implantação do projeto. A ideia é gerar renda para o local, tanto em periferias quanto em áreas nobres da cidade. O espaço poderia incluir teatro, cursos, saraus, shows e, em alguns momentos, a cobrança de ingressos. Seria também um trabalho de ação sociocultural, integrado à comunidade do entorno. Além disso, a proposta poderia incluir a criação de um mercadinho ou lanchonete, com foco em oferecer produtos locais e promover a economia criativa no bairro. Esse espaço ajudaria a fortalecer o modelo de negócios, gerando mais renda para o projeto e atendendo às necessidades da comunidade. Oferecer cursos para qualificação, incent
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  Freud não se enganou? Por Joka Faria Para Rita Von Huti A buceta, tão maravilhosa, Tão fogosa... Quem fica sem, que beleza... Arquitetura perfeita é a mulher. A buceta, tão fascinante... Bu-ce-ta... Vagina... Quantos nomes? Todo este encanto, Esta paixão... A mulher que ama, desama... Eita buceta... Freud não se enganou? João Carlos Faria Novembro de 2024
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 Bom dia. Faz tempo que não leio Rimbaud. No momento, estou lendo Augusto dos Anjos. Nunca encontrei um livro de Verlaine para ler. É uma covardia que as pessoas fossem presas por práticas homoafetivas. No Oriente Médio, ainda há pena de morte para isso. São apenas práticas sexuais, nada mais. Como diria Belchior: "Amar é mudar as coisas que me interessam mais." A masculinidade é tóxica. Falta liberdade. Falta espaço para a criatividade masculina. Ousar, abusar, experimentar... Onde está a liberdade para os homens? Não há dia para celebrar o homem, pois o patriarcado nos condena à sua crueldade. Joka Faria Novembro de 2024
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  Tantos Coringas e a Falência das Esquerdas? Por Joka Faria Domingo, chuva... está poderosa chuva. Houve inúmeras conversas por telefone. Até uma ligação. Afinal, quem realmente somos? Se nascemos e morremos? Vi uma matéria sobre a trajetória do mentor de Donald Trump no Jornal Nacional. Uma das poucas coisas que vejo na TV aberta. O restante, acompanho no YouTube. O livro de Jessé Souza sobre o Brasil... Como reagir diante dessa extrema direita? Carlos Nobre e a crise climática... Tantos coringas. E nas feiras livres, o preço é cada vez mais alto. Cadê a distribuição de renda? Se os ricos não são taxados? Como organizar a sociedade... se o povo nem tempo tem de ócio para refletir sobre a vida? As eleições de 2026 já começaram... as cartas estão aí. Que legado nossa geração irá deixar? Criar espaços nas periferias? Mas quem ousa? Espaços para a formação da consciência política de forma independente, com cursos para criar oportunidades profissionais, arte e cultura. Mas quem financia?
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  Fora do Poema Sempre nos mentem e não há grito... Nem murmúrio. Pois a verdade não cabe em poemas. O preço da feira não cabe no poema, Assim como o do supermercado e do restaurante. Nunca há vagas. O desemprego está excluído do poema, Assim como tudo. Nunca cabe no poema. — Inspirado em "Não Há Vagas", de Ferreira Gullar. Joka Faria, 2024.