A poesia moribunda do Vale do Paraíba São José está cheia de poetas e artistas caretas, herdeiros de Cassiano Ricardo e Monteiro Lobato. Falta ousadia para enfrentar uma sociedade liberal. Falta a reinvenção das utopias. Como escreveu Moraes há pouco: quem ousa enfrentar este sistema? Quem ousa questionar os identitários? Este é o vale dos poetas mortos-vivos. O conservadorismo é um câncer na sociedade. Poetas, despertem desse sono-sonho liberal. Voltem às praças. Ousadia é o que nos faz viver. Deixemos de ser zumbis. Deixemos de nos acovardar diante dos desafios contra uma extrema direita que só faz avançar. Só a arte liberta. Joka Faria 29 de setembro de 2024, Primavera
Postagens
Mostrando postagens de setembro, 2024
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Cidade Distópica ou Conversas na Privada Por Joka Faria E no ranking do conservadorismo no Brasil? Qual cidade deve estar entre as primeiras? Aqui, as ideias não fluem... não fluem... Cadê o que chamam de artistas? Políticos com P maiúsculo. Não sei. Deixei de saber. E não ouso perguntar. O que minha intuição me diz? O que diria a esfinge? Ou o espelho? Mas este espelho nunca foi meu. Eita, Narciso... Os mercenários estão aí. Sempre estiveram e sempre estarão. Eita falta de sensibilidade... As periferias estão nos discursos vazios. Tão vazios? Somos uma classe sem chão. Cidade distópica... onde poetas dançam cirandas e não tocam a alma. Quem acessa a alma em dias de corações de pedra? Espelhos explodem em cacos de desesperança. Oba... oba... diante de um caixa eletrônico? Favor não me mandar pix. Adentro ao silêncio... Cadê aquele rádio de pilha? Quantas moedas de ouro para mudar o mundo? Somos, no fim, tão vazios... João Carlos Faria 27 de setembro de 2024
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Como transformar o mundo usando o celular? Por Joka Faria Às vezes, a escrita não flui como desejamos, e o desespero toma conta. O tédio se instala, e a poesia simplesmente não vem. Nestes dias absurdamente quentes, isso parece mais frequente. Afinal, o que estamos fazendo aqui? Tentamos encontrar uma resposta. Como o filósofo, negamos as religiões oficiais. Para que servem, afinal, as religiões? Mas há algo dentro de nós que faz algum sentido. Trabalho, descanso, trabalho. E nunca nos é dada a chance de criar alternativas às formas medíocres de se viver. Como eu gostaria de criar um espaço para novas ideias e revoluções — um centro de arte, cultura e educação. Por que essa ansiedade pelo fim de semana? Se o tempo parece passar tão rápido, a vida é uma maratona... Uma semana já se foi. Procuro a felicidade também na rotina diária. Hoje, borrifei as crianças com água. Foi pura felicidade para elas, um pequeno ato de liberdade e prazer na vida. Temos hora para tudo. Agora, passei a aco
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
O amor das palavras Creio nas palavras. Mas devemos crer nas palavras? Nem sempre as palavras são dignas de crédito. Crer na arte das palavras? Ou simplesmente deixar de crer? O que seríamos sem as palavras? Você me daria sua palavra? As palavras fazem amor. Também desamor. Como as canções falam à alma? Não sei se viveria sem palavra. Qualquer dia, de propósito, entro em silêncio. Joka Faria, Setembro de 2024
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Canto à Primavera Por Joka Faria É primavera, e coube em mim a felicidade de viver. Às vezes, vivemos de fato. Caber-se em si mesmo? O que somos? Espíritos, corpos, sexo, gênero... Vivemos tempos em que nos provocamos. Eu caibo em mim. Eu me desconstruo a cada dia, minhas reflexões me levam ao caos. Eu me amo. É primavera... Dias e dias dedicados a mim e a você... Estamos sempre entre a lagarta e a borboleta, num eterno ciclo. É primavera, e no inverno me descobri cantando. Solto a voz, deixo o corpo amar outros corpos. É primavera, e ousamos a liberdade, sei que a rotina bate à porta. Mas é primavera... Faço versos, crônicas e canto. Quem sabe, minhas canções, Tuas canções... É primavera, e coube em mim a felicidade de viver. Às vezes, vivemos de fato. Caber-se em si mesmo? Somos alma e corpo, Borboleta e lagarta... Numa desconstrução pela busca da felicidade. É PRIMAVERA. João Carlos Faria Vinte e dois de setembro de 2024 Chegada da Primavera
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Teremos "cadeiradas na chonca" nas eleições de São José dos Campos? Por Joka Faria A pesquisa de hoje, da afiliada da Rede Globo no Vale do Paraíba, a Rede Vanguarda, aponta mudanças no eleitorado com um provável segundo turno entre Eduardo Cury e Dr. Elton. Se houver um crescimento de Dr. Elton, pode-se encerrar o ciclo de um grupo que está no poder desde 1996, com a eleição de Emanuel Fernandes. Cury e Anderson representam uma divisão dentro desse mesmo grupo. Esperamos uma reação com uma possível subida de Wagner Balieiro, mas, até o momento, não vemos nenhuma "cadeirada" nesta fria e repetitiva eleição de São José dos Campos. Dr. Elton, que é deputado estadual e já foi vereador, agora firma sua candidatura, e veremos sua trajetória política ganhar mais destaque. As eleições começam a esquentar... A decisão final é do cidadão joseense, e sua vontade é soberana, gostemos ou não. Contudo, política e sociedade vão além das eleições: estão nas lutas sociais. João C
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Canção à terra que se queima. Canção à morte Dedicado ao cientista Carlos Nobre Por Joka Faria Meus sentimentos por nós, humanos. Nós, que nos silenciamos diante da destruição do nosso planeta. Este progresso obsessivo desde o início das indústrias... Meus sentimentos ao povo brasileiro, que assiste calado diante desses incêndios. A fauna e a flora, em chamas. Como reagir? Como reagir? Caminhamos a passos lentos ou rápidos para a extinção humana? Não culpamos deuses, nem forças sobrenaturais. Meus sentimentos... Nossa mania de ter, de ser, de acumular, nos conduz ao fim, à morte, pela desenfreada mania de possuir. Aquele índio americano, em sua carta ao homem branco, já nos alertava: Ter, acumular, ter, acumular... Caminhos para o fim. Não culpamos deuses ou demônios, pois os negamos. E agora? Meus sentimentos por nossa ganância, desenfreada ganância... O que restará de nossa existência? Meus sentimentos por destruir nosso lar, este planeta. Nós, pacatos cidadãos, estamos omissos. Ca
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Quantos são os nomes da vagina? Por Joka Faria A vagina, reentrância tão bela, Tão livre… A mulher, tão fundamental, Lugar de onde nascemos, Onde se vive… A vagina, Tão poderosa, Apaixonante… A vagina, reentrância, Tão bela… Não se tem explicação para O poder feminino— Beleza, paixão e amor. A vagina, reentrância tão bela, Tão livre…Mulher um todo que se realiza e nos realiza. João Carlos Faria 13 de setembro de 2024
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Observações Econômicas Por Joka Faria Onde antes havia uma casa de sucos tradicional na Rua XV, em São José dos Campos (SP), agora é uma loja de salgados. O mercado se recicla, se atualiza. O mercado é o mercado: soberano, com as suas leis. O mesmo aconteceu no Cebolão, na Vila Industrial, em frente ao pronto-socorro. Hoje, funciona como uma loja de salgados 24 horas por dia. Estejamos atentos ao mercado; oportunidades surgem. Não sei sobre as utopias, mas o mercado existia antes mesmo do capitalismo. Quem explica a China? Como podem surgir alternativas reais ao capitalismo, que sejam democráticas e inclusivas? Como organizar a sociedade além dos partidos políticos e eleições? Quem reflete e critica a China, sem eleições? Como pensar de novas maneiras? As redes sociais servem para isso? O que o mundo se tornou após a queda das Torres Gêmeas? Reflitamos. Quais são os caminhos para a humanidade? João Carlos Faria Hoje, 11 de setembro de 2024.
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
A inclusão na educação Por Joka Faria Escrever numa segunda-feira de manhã não faz parte dos meus hábitos. Prefiro estar a trabalhar, mas hoje entro ao meio-dia. Já li uma entrevista de Woody Allen na Folha de São Paulo . Paguei contas de forma online. Deveria estar a estudar para concursos, mas este é o terceiro cursinho em menos de um ano. Estou sem paciência. Quero fazer uma pós-graduação em educação especial para tentar entender melhor as crianças atípicas. Tenho visto vários candidatos a vereador colocarem este tema em discussão, e acho muito bom que se debata este assunto. Esta questão da inclusão é bastante polêmica. Não acho que temos uma estrutura tão boa, nem um preparo profissional adequado para lidar com essas questões. Às vezes, parece que a academia e as leis estão distantes da realidade do dia a dia nas escolas. Apesar de não ter mestrado ou doutoramento, a minha opinião conta, e muito. Trabalho desde 2016 na área, e considero o atendimento bastante precário. A burocr
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Canto Versos Adversos Por Joka Faria Ai, domingo... inverno só no calendário. É noite, e aquela agonia de segunda se faz presente. É o dia de criação de Vinicius de Moraes. O que diria Jacek Ricardo Sielawa? Uma canção de Sinéad O'Connor... Meu caro Edu Planchêz, nem sempre somos solares. Vem aí a rotina. Rotina... rotina... ... Não tenho a lírica de Cassiano Ricardo. Ainda não passei de barco no Rio Paraíba. Cadê a canoa de ossos de Ricola de Paula? Canto versos adversos. Versos de desencanto numa noite quente, enquanto o sono não chega. Eu iria cantar uma canção, mas meu coração pulsa pelo retorno às estrelas. Pulsa pelo retorno às estrelas... às estrelas... Quero me desfazer destas vestes e ouvir o som das estrelas... Ai, domingo... inverno só no calendário. É noite, e aquela agonia de segunda se faz presente. Canto versos adversos, quero retornar às estrelas, estrelas, estrelas... estrelas... João Carlos Faria Agosto 8, 2024, inverno
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Reflexões de um Domingo Por Joka Faria Quem somos? O que somos? O que realmente estamos a fazer aqui, nesta vida, neste intervalo entre o nascer e o morrer? Já tenho 55 anos, nasci em 1969. Tive inúmeras experiências nesta vida: escola, trabalho, família, amigos. Amores, quase nenhum. Uma eterna frustração em relação ao amor. Este personagem que sou está sempre desfigurado em relação aos meus desejos. Mas são realmente desejos meus ou uma mera vontade do mercado? Um consumo da necessidade de ter, e não de ser? Hoje, quase todos vivem pelos seus celulares: redes sociais, fotografias, vídeos. Temos esta necessidade de transformar as nossas vidas num imenso Big Brother . A pornografia está à nossa volta, a cercar-nos. A exposição das nossas atividades sexuais tornou-se banal. Lambuzamo-nos num clicar de dedos. As injustiças sociais estão presentes o tempo todo: a falta de empregos para muitos, a injustiça das reformas trabalhistas. Vivemos numa sociedade que envelhece com o passar dos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
https://www.youtube.com/watch?v=4a57r-5FQfM Abismos Por Joka Faria Já não sei se fui solar. Em trevas. O sol derreteu as minhas asas. A escuridão. Muita escuridão. Abismos não têm fim. Descer escadas ou subir de nada nos adianta. Cadê um lampejo de luz? Já não sei se fui solar. Em trevas. Tudo se faz desnecessário. Repetições diárias de sonhos sem esperança. Como ir além de nossos personagens? Onde está o universo? O que realmente somos? A possibilidade de uma não existência? Mas existir e resistir! Este abismo sem fim. Sem começo. Onde, afinal, está a luz? Já não sei se fui solar. Em trevas. O sol derreteu as minhas asas. Desço a este abismo numa eterna noite. Inspirado num debate no canal leaveya.sicas pra ouvir olhando seu reflexo miserável na janela do metrô após um expediente cruel. João Carlos Faria 4 de setembro de 2024. Inverno. https://www.youtube.com/watch? v=4a57r-5FQfM
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Rodas Vivas! Ai, ai, ai... Nunca tinha visto esse Pablo Marçal, mas ele vai dar muito trabalho. Ai, ai, ai... A direita, sempre a direita... E cadê as inteligências da esquerda para dar combate? E os filhos teus não fogem à luta? Ai, ai, ai... Se vire, Boulos, para não ser devorado. O que será de nós sem o X... Falta astúcia, malícia e estratégias para enfrentar essas táticas de Marçal. Ele não é boçal nem bozoloide... Estratégias, estratégias... Só nos cabe um pouco de inteligência e sabedoria para enfrentar o Leviatã. Joka Faria 2 de setembro de 2024
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
**A escola ensina a pensar ou é um caminho de doutrinação?** Por Joka Faria Ótima análise. Somos, de fato, trouxas. Enquanto uns garantem um carguinho no governo federal, nós continuamos a empurrar o ônibus morro acima. E quando o ônibus finalmente desce, nem mesmo a porta se abre para nós. O bolo cresce, mas nunca é dividido com o povo. Aos 'espertos', tudo. E a nós, que empurramos o ônibus, nada. Como somos otários! É por isso que os Racionais MC's são o que são. E, ainda assim, quando se chega aos 50, somos rotulados de velhos. É um verdadeiro etarismo! O sistema nos prejudica desde a educação infantil até a melhor idade. Às vezes, sinto que somos apenas engrenagens nesse sistema, especialmente como professores, miseravelmente remunerados. Professores deveriam ter autonomia e liberdade de cátedra. Mas o sistema determina os rumos para manter o status quo e não emancipar o povo. Como criar uma educação que liberte o povo em vez de aliená-lo? João Carlos Faria Data: 31 d
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
**Quintal de Todos** Na casa de Beth Brait, canários cantam. Vivem entre a Serra, a Mata Atlântica e o oceano. Na casa de Beth Brait, o quintal é Massaguaçu, Cocanha, e também o quintal de todos. O sol hoje se faz a pino, e o mar gelado. Além-mar, esconde-se uma ilha e povos que aqui já viveram. Este lugar, com vários nomes, Caraguatatuba, é a casa de Beth Brait. Onde poemas florescem na janela e discos voadores rondam na noite. Músicas ancestrais. Poetas de todos os séculos fazem festa na casa de Beth Brait, disfarçados de canários. Um cenário de magia, entre o existir e o imaginar. Roberto Piva ali transgride e sopra poemas em seus ouvidos. Já ouvi na madrugada com seus jovens amigos. Ele, Piva, e Cláudio Willer adormecem na casa de Beth Brait. *Por Joka Faria, 1 de setembro de 2024.*
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
*Nos Abissais da Palavra* -------------- Joka Faria Canto as canções de Deo Lopes. E urram a poesia e o cancioneiro de Edu Planchez. João Cabral de Melo Neto se irradia... E os girassóis de Beth Brait florescem nesta Massaguaçu. E seus canários. Vozes ancestrais. *QUE SE ENCONTRAM* Conheço Franklin Maciel desde a inconfidência mineira. Edu, das cavernas silenciosas e das canções de tribos já desaparecidas. Eu, filho. Nós, filhas e filhos do universo. Cantamos diante do oceano Atlântico. Somos a tribo invisível. Conectada na malha cósmica. ---------------------- ( Joka Faria ) Poema surgido num diálogo com Edu Planchez Joka Faria, 1º de setembro de 2024.