Fique tranquila, não tenho vocação para o suicídio.
Joka Faria
Ando envolvido com os poemas confessionais. Hoje ouvi e li Mila Teixeira e QUÊNIA LALITA. Eles me visitam às vezes em minhas próprias vozes e nas poesias que leio. E outras vozes em meu ser, mesmo sabendo que não somos Fernando Pessoa. Não buscamos ser Pessoa, mas sim nossas próprias VOZES. Tarde quente de outono. Estou sentindo novamente a dolorosa realidade do desemprego. Estou me preparando para concursos, um atrás do outro, nada contra estudar. Mas deixo um imenso espaço para a poesia e a música. Tenho me entregado a esses poemas. É como saltar num abismo, mesmo sem ter asas. Ou será que elas foram perdidas há milênios atrás? Tenho a ligeira impressão de que não somos daqui, vivemos num imenso teatro de cenas e jogos. Nascemos e morremos e às vezes nem somos nós mesmos quando nos deparamos no espelho. Como já escrevi no poema "Clarice", publicado no livro "Retinas", este e outros acabam sendo um desdobramento de Clarice. Quem sabe eu, Clarice? Não sei, me sinto um ator. E esta encenação só termina quando eu morrer. Fique tranquila, não tenho vocação para o suicídio. Como é duro viver sob o jugo de governos tiranos que fazem o mal ao povo usando da democracia. Pasmem, são eleitos pelo povo para serem algozes. E para escrever, acesso meu inconsciente e o revelo a mim mesmo. Sei que não tenho leitores, então para que escrever? Mas sigamos em frente, pois a qualquer hora a morte chega sem nenhum aviso e esta encenação acaba. E voltamos à nossa realidade. Mas levarei comigo os poemas que li e que escrevi, registrados em minha eternidade.
João Carlos Faria
5 de Abril de 2024
O identitarismo virou norma? Joka Faria 8 de maio de 2025 O identitarismo virou norma numa sociedade? Agora temos que nos definir como homens ou mulheres cis? A sociedade brasileira tem tantos desafios: como gerar empregos, melhorar a educação... E os identitarismos impõem suas pautas. E há o silêncio, para não sermos chamados de reacionários. Acabei de ler uma tirada bem-humorada num comentário da Folha de S.Paulo. Vivo dialogando com as IAs. Mas não nos cabe o silêncio. Teremos eleições em 2026. Uma chance para mandar os deputados do centrão para casa. Cabe uma luta por uma agenda de avanços sociais para todos os brasileiros — e não um modismo de língua. Diversidade, sim, mas com liberdade de reflexão e ação. Essas pautas identitárias afugentam o eleitor e acirram o conservadorismo. Precisamos debater o rumo dos problemas reais da sociedade brasileira. Liberdade para todos — sem modismo linguístico. O identitarismo: uma amarra na sociedade plural. No silêncio movimentado de um ...
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