Uma realidade de cinzas diante da negação
de se debater os rumos da educação pública no Brasil
Joka Faria
Esta semana para mim é de cinzas. Dias e dias sem emprego. Em lutas sindicais. O que será de mim e de vocês? Nestes dias apocalípticos eu estava vendo Entrelinhas, programa de literatura na tv cultura. Não consigo me organizar para lançar novos livros. Não tenho a esperança de ganhar um Jabuti para mim já serviria as jabuticabas nos pé como na fazenda de minha bisavó
em Minas. Que já não pertence aos seus descendentes.
Eu comi numa estrada goiabas. Preciso trabalhar para poder consumir sem nenhuma modéstia. Não escrevo aqui o que gosto de comprar, sou aficionado no que compro. No momento estou obeso 91 quilos muitos picoles e açai no verão. Devo fechar a boca. Mas comprei um pacote de CHOCOLATE. Já não tenho a tradição Cristã. Acho bobagens alguns desejos de voltar a este mundo. Mas mesmo desempregado e distribuindo currículos adoro feriados. Será que voltarei a dar aulas? Passarei em concursos? Em janeiro tive três sonhos para mudar de área. Mas a educação é um paraíso com todas as suas dificuldades e a ausência de luta sindical. Professores se omitem a debater a educação pública e seus rumos. Calam -se diante do caos?
Ninguém debate a educação só grupos das elites brasileiras. E os trabalhadores que estão nas salas de aula nunca se mobilizam. Este ano tem eleição municipal e a educação deveria estar na pauta.
A adolescentes no sétimo ano sem estarem alfabetizadas e a falência deste modelo de educação?
Que governos irão realmente agir? E nos professores em silêncio, só reclamamos nos corredores, parques e na educação infantil. salas de professores e nunca nos mobilizamos de fato?
Como é cruel esta ausência de debate público em inúmeras gerações de professores desde a década de 70 do século vinte.
A terceirização de professores está em marcha e a classe se ausenta da luta com isso a precária educação pública está sendo mais sucateada.
Não vemos o despertar de lideranças para mudar esta calamidade. Não culpem a pandemia, ela não é o único reflexo deste caos. Talvez seja necessário debater o ECA e outras leis. O professor já perdeu a autoridade. Sim, não é o protagonista mas a liderança. A sociedade está em silêncio e omissa em relação à educação; Sem uma educação emancipadora a democracia corre o risco. O que será destes alunos que continuam analfabetos?
Ficaremos omissos?
João Carlo Faria
25 de Março de 2024 , Outono
O identitarismo virou norma? Joka Faria 8 de maio de 2025 O identitarismo virou norma numa sociedade? Agora temos que nos definir como homens ou mulheres cis? A sociedade brasileira tem tantos desafios: como gerar empregos, melhorar a educação... E os identitarismos impõem suas pautas. E há o silêncio, para não sermos chamados de reacionários. Acabei de ler uma tirada bem-humorada num comentário da Folha de S.Paulo. Vivo dialogando com as IAs. Mas não nos cabe o silêncio. Teremos eleições em 2026. Uma chance para mandar os deputados do centrão para casa. Cabe uma luta por uma agenda de avanços sociais para todos os brasileiros — e não um modismo de língua. Diversidade, sim, mas com liberdade de reflexão e ação. Essas pautas identitárias afugentam o eleitor e acirram o conservadorismo. Precisamos debater o rumo dos problemas reais da sociedade brasileira. Liberdade para todos — sem modismo linguístico. O identitarismo: uma amarra na sociedade plural. No silêncio movimentado de um ...
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