A esquerda precisa se reinventar. 


Por Joka Faria

E na canção de Vandré " os cartéis lhe ensinam muitas lições" Ontem voltando para casa depois de uma confraternização com amigos numa padaria próxima ao Sesc! 
E vejo aquela manifestação antidemocrática em frente ao DCTA. Um ímpeto de jornalista, sociólogo mas não ousei descer. Eu podia ser reconhecido até explicar que era uma experiência sociológica? 
Quão bárbaros nossa sociedade se torna com uma parcela significativa da sociedade querer um golpe de estado? 
Lembrando que Lula se elegeu com uma pequena porcentagem de votos. Agora a noite estava lendo artigos e noticiários sobre o tema enquanto minha vitrola toca Gilberto Gil,  Lou Reed e reler este escrito de Beth Brait Alvim .. Precisamos de mais saraus e menos facismo. A esquerda precisa se reinventar. Aquele encontro que promovo na praça deveria ser mais participativo e não desprezado por parte dos agentes sociais e ativistas, Espalhemos filosofia e artes para as praças Brasileiras Vi um filme dos  ..Os Irmãos Villas-Bôas. Para dias tortuosos nos dá esperança ali no filme um Darcy Ribeiro até acanhado. 
Precisamos criar um movimento para que prefeituras doem terrenos para ongs criarem Casas de Cultura nas periferias. Sem espaços de reflexão, geração de renda não faremos transformações. Vi um belo livro de Jacqueline Baumgratz na sala de leitura da minha escola e tirei a foto na hora. Estamos cercados de tanta gente ousada em nossas cenas culturais e políticas. E precisamos sermos mais ousados. Os jovens têm aparecido. Mas temos o fôlego da juventude em nossas maturidades. Como gerar renda para espaços de cultura sem a eterna dependência do ESTADO?
A classe C com sua luta pela sobrevivência torna-se conservadora. Cabe a nós de esquerda descobrirmos estratégias para conseguirmos mostrar que a democracia nos salva da barbárie. Não adianta refutar a ideia de empreendedorismo sem mostrarmos a ideia de cooperativas. Gerar renda é fundamental numa sociedade de mercado. Afinal ninguém quer ser dependente economicamente do ESTADO. 
É fundamental uma renda básica cidadã. Mas também ter possibilidade de geração de renda. E as artes e a cultura são fundamentais para estas transformações sociais ou deixaremos os bárbaros voltarem? Se é que foram embora? 

João Carlos Faria, professor, poeta e leitor da vida e de livros.

Novembro de 2022, Primavera!  




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